Antonio Felicio da Silva: Considero
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João António Pagliosa
Contribuir para a defesa da Democracia e da liberdade, traduzindo um País com projeção de poder e soberano, deve ser o nosso NORTE!
General Marco António Felicio da Silva
Desde meados de 1999, um pequeno grupo, de militares na Reserva e civis, participando de palestras e debates, publicando artigos, principalmente na Internet e no jornal Inconfidência, denuncia o rumo que o País tomou, na direção do atual atoleiro. E o tomou, após os governos militares, por meio de partidos e políticos sem visão estratégica e sem projeto de Nação. Corruptos e na contramão da História, eivados de ressentimentos para com os militares e muitos permeados por viés ideológico marxista.
Lula, então, já era denunciado, por nós, como bandido. Colocou Delúio Soares no Conselho do FAT para desviar dinheiro para a campanha eleitoral dele, Lula, e de José Dirceu, candidato à Presidência do PT, e para enriquecimento ílicito próprio. Era o prenúncio do “mensalão” e do “petrolão”. Era o nascimento do “ Ovo da Serpente”, segundo afirmação do coordenador financeiro da campanha de Lula.
Lastimo as críticas de toda ordem recebidas, durante todos esses anos, principalmente o “fogo amigo”. Este, em verdade, produto da leniência de muitos que tinham a obrigação de impedir que a Nação e o País trilhassem, tão desgraçado caminho, em nome da manutenção de uma “ jovem Democracia” e Estado Democrático de Direito, ambos ilegítimos.
E, consequentemente, de poderes aparelhados e desmoralizados pela atuação negativa de seus respectivos membros, como ocorre, atualmente.
A grande verdade é que se serviram do País e não serviram ao País. Como triste exemplo, dos 7 (sete) presidentes da “Nova República” ( Sarney, Itamar, Collor, FHC, Lula, Dilma e Temer) , somente Itamar Franco, já falecido, não foi citado, por delatores, na operação “Lavajato”, como envolvidos em ações de grave corrupção. Há que somar-se, aos ex-presidentes, 8 atuais ministros, 3 governadores, 24 senadores e 39 deputados federais sendo investigados em inqueritos por crimes diversos. A agravar, 64% e 67%, respectivamente, dos suplentes dos deputados e senadores investigados, já repondem à Justiça por crimes diversos.
Não há como dizer que vivemos com governo legítimo se o atual Presidente tem apenas 9% de aprovação popular. As ilegalidades, traduzidas pelo achincalhes à Constituição, estão escancaradas, diariamente, pelos meios de comunicação e por delações, a começar por aquelas que provam, sem qualquer dúvida, como senadores e deputados
legislavam, recebendo propinas para satisfazer aos interesses de empresários inescusprulosos ou para o voto favorável a projetos do governo. Representavam os seus próprios intereses e não seus eleitores e os interesses nacionais. Aliás o grande “Capo”, Emilio Odebrecht, afirmou que toda a sujeira, que permeou governos, instituições e empresas, quebrando o País, foi tramada após o final dos governos militares. Antes, foi impossivel.
Reformas se realizam, sob pressão popular, gerando violência nas ruas.
Principalmente a da Previdência, mal conduzida pelos arrogantes burocratas do governo, que enxergam apenas um objetivo : a redução do déficit fiscal. Esquecem que ser justo é tratar, desigualmente, os desiguais, notadamente num País pleno de diversidades de toda natureza. Não falam como vão combater o desemprego crescente, já em 14 milhões de desempregados e em politicas, inclusa a da Saúde preventiva, que se tornarão necessárias, para a entrada no mercado de trabalho de idosos e de mulheres bem como para a redução da informalidade. 42% dos trabalhadores, na atualidade, não contribuem para a Previdência social. Têm como provável destino, sem poder comprovar 25 anos de contribuição, a Assistência Social do governo.
Há que enfatizar que a crise ética e moral não só embasa as crises politica e económica como a crise social. O País vive crescente clima de insegurança para o qual as autoridades de governo não apresentam solução. Crime organizado intenso, espraiado por todo o Brasil, atingindo além fronteiras, gerando tráfico de drogas e de armas, lavagem de dinheiro e assaltos a bancos. Estatísticas apontam mais de 50.000 assassinatos por ano, número superior ao produzido por quaisquer das guerras hoje travadas no mundo. Verdadeiro clima de guerra civil.
A agravar que consolidou-se, no Brasil, durante o governo FHC, a mistificação de que as Forças Armadas (FA) não devem e não podem se manifestar sobre assuntos inerentes à Política Nacional, a não ser os específicos da seara militar, levando os seus comandantes a silêncio de natureza política, sepulcral. Perderam a sua capacidade, inclusa a derivada de obrigações constitucionais, de influenciar políticamente no que tange aos interesses nacionais. Assim, perdeu-se também, a capacidade de defender-se os interesses da Forças e de seus integrantes. Escrevi, há pouco tempo, sobre “A Balela do Aumento dos Militares”, apesar de todas as promessas do Presidente, do Ministro da
Defesa e de assessores palacianos. Não haverá o aumento prometido bem como estamos arriscados a perder a integralidade e paridade de nossos vencimentos, tratados como cidadãos de segunda categoria por corruptos desmoralizados. Muito embora a Nação ainda esteja ereta devido a ação das Forças Armadas em todos os setores da vida nacional e da confiança que desfruta, ainda, da maioria da população.
A Ordem do Dia do Comando do Exército, no dia da Instituição, foi perfeita no seu diagnóstico da situação de grave crise que enfrenta a Nação. Porém, não sei como o País e suas instituições serão reconstuídos por aqueles, os mesmos que os destruiram e permanecem no Poder, procurando legislar em causa própria e não respondendo ao que a Nação aspira, seguindo os ditâmes de uma Constituição que já se mostrou inadequada ao País.
Infelizmente, caminhamos para o descalabro total. Pagará caro a Nação e, talvez, com sangue em futuro próximo, pela não interferência, agora, das FFAA no sentido de reconstruir o País, dando-lhe nova Constituição, por meio de Assembléia Constituínte, e forjando regime democrático consentâneo com o caracter nacional do nosso povo, tendo à frente, por via eleitoral, lideranças capazes, com visão estratégica de mundo e Projeto de Nação.
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