A chefe da polícia da cidade norte-americana de Minneapolis demitiu-se na sexta-feira a pedido da presidente da câmara, depois de a polícia ter morto a tiro uma mulher desarmada.
A australiana Justine Damond, professora de ioga e meditação, de 40 anos, foi morta a 15 de julho por um dos dois polícias que responderam ao seu telefonema para os serviços de emergência (911) a relatar uma possível agressão numa rua próxima do local onde residia, em Minneapolis, no estado do Minnesota (norte).
O caso, de grande repercussão internacional, resultou em várias críticas à atuação da chefe da policia de Minneapolis Janee Harteau, que acabou por se demitir a pedido da presidente da câmara, Betsy Hodges.
"Perdi a confiança na chefe da polícia (...) vários contactos (...) com residentes permitiram-me perceber que também eles não têm confiança nela", declarou, em comunicado, na sexta-feira.
Hodges anunciou que Medaria Arradondo, até aqui diretora-adjunta da polícia, vai substituir Harteau no cargo. Arradondo foi a responsável pela gestão da crise, na sequência do homicídio da australiana. Harteau encontrava-se de férias, como afirmou na quinta-feira às televisões locais.
Estes anúncios não acalmaram a indignação popular e a conferência de imprensa de Hodges, na sexta-feira à noite, foi interrompida por um grupo de manifestantes a exigir a demissão da autarca. Betsy Hodge garantiu que se vai manter em funções.
Uma das principais críticas apontadas à polícia de Minneapolis é a de as câmaras individuais dos agentes estarem desligados no momento do incidente.
Matthew Harrity, polícia que conduzia o veículo, foi surpreendido por um forte barulho momentos antes de Damond se aproximar da viatura. O colega Mohamed Noor disparou contra Damond, de acordo com as autoridades.
O gabinete dos assuntos criminais do Estado indicou na sexta-feira que Noor continuava a recusar responder às autoridades.
Fonte: Lusa
Foto: Globo
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