"Os pesos colombianos valem alguma coisa," ao contrário dos bolívares venezuelanos, "cada vez mais desvalorizados", salienta Barbara. Tem 27 anos de idade e era proprietária de um salão de cabeleireiro e estética em Caracas, Venezuela. Mas entretanto fugiu para Medellín, Colômbia, onde trabalha como prostituta. “Aqui pelo menos podemos comer pequeno-almoço e almoço.”
Estima-se que cerca de 4.500 prostitutas venezuelanas estejam a trabalhar atualmente na Colômbia, por causa da grave crise económica, social e política que assola o seu país de origem. A prostituição é uma atividade legal em ambos os países, mas a polícia colombiana, até há alguns meses, costumava deportar as prostitutas venezuelanas recorrentemente, através de autocarros. Entretanto, em meados de abril de 2017, o Tribunal Constitucional da Colômbia decretou que as “trabalhadoras do sexo” venezuelanas têm direito a obter vistos de trabalho e as deportações cessaram.
A revista “The Economist” descreve alguns casos concretos, nomeadamente as primas Barbara e Sophia que procuram clientes no Parque Poblado em Medellín, Colômbia, durante a noite. “Elas esperam fazer dinheiro suficiente a vender sexo para viverem decentemente, após terem fugido da Venezuela, onde a sobrevivência é uma luta,” lê-se na reportagem em causa, publicada na edição de 20 de julho. Em apenas uma hora, na Colômbia, um “trabalhador do sexo” pode ganhar o equivalente a um salário mínimo mensal da Venezuela.
A referida Barbara tem 27 anos de idade e era proprietária de um salão de cabeleireiro e estética em Caracas, Venezuela. Com o agravamento da crise económica tornou-se tão difícil encontrar produtos para os cabelos e unhas como alimentos e medicamentos, pelo que encerrou o negócio e fugiu para Medellín. “Os pesos colombianos valem alguma coisa,” ao contrário dos bolívares venezuelanos, “cada vez mais desvalorizados”, salienta Barbara. “Aqui pelo menos podemos comer pequeno-almoço e almoço.”
Fonte: Jornal Económico
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