É comum as pessoas me contarem que seus amigos ou pessoas conhecidas gostam de desabafar com elas. Diante disso elas se questionam se devem fazer Psicologia.
Para entrarmos de maneira mais profunda na área, o site Quero Bolsa convidou uma acadêmica para nos contar como foi que ela decidiu que queria ser psicóloga, o que pesou mais na hora da escolha e muitas outras questões que poderão te ajudar na hora de decidir qual curso e faculdade escolher.
O nome da nossa entrevistada é Lorena Neves, ela estuda na faculdade Estácio Fase, em Sergipe, está no 4° período de Psicologiae é apaixonada pela área e pelo que está estudando! Confira a entrevista completa:
Revista QB: Por que escolheu o curso de Psicologia?
Lorena Neves: Então, o curso de Psicologia exige muita identificação e afinidade com a área. Acredito que o principal mecanismo de reconhecimento a respeito da escolha desse curso é o seu relacionamento interpessoal, ou seja, o seu relacionamento com as pessoas que te cercam, a forma que você lida com os questionamentos e situações complexas em que as mesmas estão envolvidas.
Desde o início da minha adolescência tive uma facilidade de me relacionar com as pessoas e as características da minha personalidade, de certa maneira, cativavam as pessoas e isso permitia que elas depositassem confiança em mim e me permitiam saber um pouco mais de suas histórias, bem como dúvidas e questões particulares, seja como uma forma de desabafo, pedido de ajuda ou um conselho de amiga. Eu notei que aquilo que eu fazia involuntariamente se encaixava com a área da Psicologia, que diz respeito ao cuidado emocional/mental das pessoas, e foi a partir daí que pude ter a certeza que seria o curso que eu queria fazer.
Desde então, comecei a pesquisar bastante sobre a área, conversei com alunos do curso e até profissionais formados e atuantes para conhecer um pouco mais a respeito do curso, e me apaixonei ainda mais pela área.
RQB: Por que escolheu essa faculdade?
LN: A minha escolha pela faculdade Estácio Fase se deu pelo conceito educacional que a faculdade possui em minha cidade, a metodologia de ensino e, um ponto também muito válido, que é a acessibilidade financeira proposta pela faculdade.
Outra questão que tenho como crucial é procurar conhecer da matéria, da grade curricular da faculdade/universidade que pretende estudar, conhecer os professores, suas especializações, etc. Esses pontos farão uma grande diferença em seu caminho no curso, seja ele qual for.
RQB: O que você mais gosta no seu curso?
LN: A Psicologia é fascinante. Ela te prende e te faz querer conhecer ainda mais a mente humana. Algo que vejo como um ponto extremamente positivo é que o curso de Psicologia é extremamente amplo, as teorias são bem fundamentadas e são passadas de uma forma compreensível, de modo que podemos e conseguimos associar à nossa realidade. Isso conta como um fator de grande valor, pois significa que o conteúdo não está assimilado apenas à teoria, mas que consigo aplicá-lo na prática, no cotidiano.
RQB: O que você menos gosta?
LN: O ponto negativo recai justamente para o mercado de trabalho, em que, talvez, não seja uma área profissional tão valorizada quanto deveria, ainda nos dias que vivemos. Porém, também creio que isso mudará, pois podemos ver hoje uma grande demanda de pessoas necessitando de atenção específica e de terapia que os ajude a conciliar sua vida com o estresse do dia a dia, a conquista ou perda de emprego, os relacionamentos, a perda de bens ou de entes queridos, entre outros aspectos. Além disso, ele pode compreender melhor a si mesmo, como um ser que é biopsicossocial, influenciados pelos âmbitos biológico, psicológico e social.
RQB: Qual área da Psicologia mais tem interesse?
LN: Como eu já havia dito antes, eu amo me relacionar, conversar, ouvir e entender as pessoas. Então, a priori, eu penso muito na área da Psicologia Clínica, talvez um pouco mais voltada para crianças, porque acho incrível o trabalho com crianças. O mais interessante é ver o resultado do trabalho, a evolução da criança com as terapias. Mas é algo que ainda não tenho total certeza, ainda preciso explorar os outros campos que a Psicologia possui e provar do que o curso tem a me oferecer.
RQB: Você acha que Psicologia é um curso difícil?
LN: O curso de Psicologia é um curso bastante difícil e que exige extrema responsabilidade de quem cursa e busca a área como um ramo profissional. Digo isto porque nessa área lidamos diretamente com pessoas, tratando de problemas emocionais e mentais. Por isso, acredito que é um curso que pede extrema responsabilidade e bastante complexidade também.
RQB: Como o curso mudou a forma como você encara o mundo e as pessoas ao seu redor?
LN: O curso me proporcionou a chamada “metanoia” que significa, basicamente, mudança de mente. A Psicologia exige de você um comportamento mais centrado, mais observador, falar menos e ouvir mais, pensar nos outros, observar os diversos tipos de comportamentos que nos cercam. Essa nova forma de pensar e agir, proporcionado pelo conhecimento recebido no curso, com certeza atinge as pessoas que convivem comigo e acredito que positivamente.
RQB: Que dica você dá para aqueles que pensam em cursar Psicologia ou que acabaram de entrar na faculdade?
LN: Aos que pensam em entrar no curso, a minha dica é: se você gosta de se relacionar com as pessoas, compreender, ouvir e busca auxiliar nos questionamentos pessoais das pessoas que estão ao seu redor, e, além de tudo, gostar de ler e ser determinado a não desistir, você já possui umas das características cruciais de um psicólogo. Não perca tempo!
Aos que acabaram de entrar na faculdade, aproveitem o máximo do curso, não deixem nenhum aprendizado passar sem que tenham aproveitado tudo, isso fará uma grande diferença no final da faculdade e também na sua carreira profissional. Lembrem que, a partir do momento que vocês entram no curso, você já pertence àquela profissão. Então, se entreguem, sejam dedicados e felizes fazendo o que amam!
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