quinta-feira, 6 de julho de 2017

Governo, incêndios, Tancos, as avaliações e o "focus group"

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Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Os EUA ameaçaram usar a força contra a Coreianuma reunião do Conselho de Segurança da ONU. A verdade é que Trump já não confia na China para travar Kim. A pergunta decisiva depois do míssil é esta: e agora?
A América negou visto a seis raparigas afegãs que iam participar num campeonato de robótica. A nova política de vistos já está em vigor.
Putin criticou o proteccionismo (e as sanções contra a Rússia) na véspera da cimeira do G20. A estas últimas chamou "proteccionismo oculto".
Apoiantes de Maduro invadiram o Parlamento venezuelano. “Isto é a Venezuela hoje”, disse o dirigente da oposição Freddy Guevara, citado pela Reuters. “Os criminosos atacam a Assembleia Nacional, as Forças Armadas são cúmplices nesta loucura, mas as pessoas e os deputados resistem e continuam”.

Notícias do dia
Na nossa manchete está uma mudança de estratégia do Governo sobre Pedrógão:afinal, Costa não vai esperar pela comissão independente - e vai antecipar a sua versão sobre o que levou à tragédia. Pelo meio, na Assembleia, a dita comissão de peritos continua em banho-maria.
Com Pedrógão e Tancos a virar o ambiente político, Pedro Nuno Santos é o entrevistado PÚBLICO/RR desta semana. Admite que este é "o momento mais difícil" deste Governo. E que o PS fez um focus group medindo a imagem do Executivo. Mas alerta que não se devem misturar incêndios e Tancos e que "as demissões têm muitas vezes consequências perversas". Sobre as negociações do próximo Orçamento, fica também esta nota: "Tentámos antecipar a negociação do OE, mas a realidade altera-se". E, mesmo a acabar a entrevista, o secretário de Estado mais ministro do elenco governativo ainda quis acrescentar isto (vá por mim, é importante).
À volta da polémica de Tancos, o Luciano Alvarez andou a fazer contas e chegou aqui: como o Exército gastou 17 milhões em contratos este ano. De resto, já saberá o que se passou nas últimas horas: o BE pediu ao Governo o valor exacto das cativações; o nível de ameaça a Portugal ficou inalterado; e ainda há a notícia de que o risco de furto de armamento já estaria a ser investigado (notícia da revistaSábado).
Novidades também num outro caso judicialo Ministério Público pediu absolvição de Pinto da Costa na Operação Fénix.
Uma notícia desta manhãdois afegãos que pediram asilo em Portugal foram detidos por suspeita de terrorismo, conta o JN. Um deles disse ter passado pela guerra na Síria.
Falando de suspeitas, mas num plano mais financeiro: sabia que o Banco de Portugal recusou partilhar detalhes sobre “apagão” dos offshores?
E outra, antiga, sobre a CGDBE e PCP acusam o PS de ser "suave" e "brando"ao ilibar governos anteriores de pressões sobre o banco público.
E, agora, um problema novo noutra empresa: uma "transmissão" de trabalhadores provoca a primeira greve em 10 anos na PT. Isto enquanto, no Parlamento, dois ex-administradores da empresa garantiam total independência face a esta, quando forem empossados como reguladores.
Faltam-me ainda contar-lhe mais uma novidade nas escolasvão ter cinco horas por semana para inovar métodos de ensino.
E uma saída anunciada no PSDLuís Montenegro vai deixar já, antes das férias, a liderança da bancada do partido.

A agenda de hoje
  • A Agência Espacial Europeia apresenta o veículo espacial BepiColombo, às 10h00
  • Reunião do Conselho de Ministros
  • Audição do Chefe do Estado-Maior do Exército, general Frederico Rovisco Duarte, na sequência do roubo em Tancos.
  • Angela Merkel recebe o Presidente dos Estados Unidos. Antes disso, Trump vai à Polónia vender gás e falar de uma amizade especial
  • Início da 11.ª edição do Festival Alive 2017

Outras (boas) leituras

1. Um enforcado mal morto ajudou Portugal a abolir a pena de morte. Uma exposição no Colégio da Trindade, em Coimbra, percorre o sofrimento humano dos condenados à morte e o progresso intelectual dos pioneiros que defenderam a abolição da pena de morte. A Bárbara Reis esteve lá ontem, mas começa a história pelo princípio: "Ao princípio, o enforcamento público de José António Domingues decorreu como tantos outros. Pendurado na forca de Tavira a 24 de Novembro de 1845, ficou a estremecer na corda durante 15 minutos — raramente os enforcados morriam em menos do que isso." Sim, quando o abrimos e espreitamos é assustador. Mas é melhor saber, verdade?
2. “A Dilma começou a cair quando propôs um ajuste de contas com a velha ditadura”. À conversa com o Nuno Pacheco, António Espinosa, cientista político e ex-combatente contra a ditadura militar, diz que o Brasil ainda não chegou à democracia, fala da corrupção e do suicídio político do PT e diz que é preciso repensar antigos ídolos e ícones para encontrar uma saída. A entrevista está aqui.
3. Quanto menos calorias, mais fracos vão ficar os parasitas da malária. A equipa da portuguesa Maria Mota publicou um artigo na revista Nature que demonstrou, em ratinhos, que uma redução calórica de 30% na dieta faz abrandar a multiplicação de parasitas da malária, tornando a infecção menos agressiva. A descoberta passou por uma happy hour no laboratório, conta a Andrea Cunha Freitas.
4. Já não cabe mais ninguém no Nos Alive. 55 mil espectadores por dia no festival Nos Alive que começa esta quinta-feira, com The Weeknd ou The xx, e termina sábado com Depeche Mode. E quem melhor do que o Vítor Belanciano para nos fazer uma visita guiada?

Só mais um minuto...

... para lhe contar uma história triste, mas muito bonita. É a história de um casal que perdeu o filho. E que agora doou 150 mil euros para investigação em oncologia pediátrica. Obrigado à Andrea Cunha Freitas, por nos deixar assim, de coração cheio. 
Como hoje me atrasei (perdão por isso, a noite foi longa) hoje fico-me por aqui.
Resta-me desejar-lhe um dia feliz e produtivo. Nós estaremos à distância de um clique, por aqui.

Até já!

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