quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Pedrógão ainda sem comunicações e seis horas para tirar o cartão de cidadão. Valham os crisântemos... e os pastéis de nata.

P
 
 
Enquanto Dormia
 
Diogo Queiroz de Andrade, Director adjunto
 
Olá bom dia!
Com a grande vaga de turismo é normal fazer recomendações. Para contrariar, aqui vai uma em sentido contrário: não vá ao restaurante de que toda a gente fala pelas piores razões. Fica em Lisboa, tem dois nomes diferentes e sucedem-se as críticas à qualidade da comida e aos preços exorbitantes cobrados, que já chamaram a atenção da ASAE e da Deco. Ainda em Lisboa, posso recomendar é um mergulho na praia instalada no centro da cidade - pelo menos não deixe de ver o nosso vídeo em 360 graus.

De hoje

46 dias depois dos incêndios, as comunicações ainda continuam a falhar na região de Pedrógão. A causa vai muito para além de problemas de infraestrutura e a reportagem da Ana Brito revela a falta de concorrência, acusações de má gestão e de monopólio que beneficia a Altice/Meo. As consequências ficaram à mostra com as falhas do SIRESP e os contínuos problemas na gestão de comunicações da região.
Já ontem lhe tinha contado que os hospitais terão de garantir o acesso acompanhado às urgências para os mais idosos, mas hoje ficamos também a saber que os mais novos também terão direito a acompanhamento especial: os hospitais têm de criar condições até ao final do ano para que os pais acompanhem as  crianças até à anestesia e no momento do recobro.
As seis horas de espera para ter nas mãos o cartão de cidadão têm dado origem a muitas queixas, relata a Ana Henriques. a causa terão sido problemas informáticos na altura de maior exigência e o governo diz que a situação está controlada, sem avançar com previsão do regresso à normalidade. E também há quem aproveite as caixas de mensagens do Portal do Cidadão para oferecer empréstimos e promover negócios poucos claros. 
O Negócios conta que há uma outtra área pública a funcionar com atrasos: o grupo de trabalho da Assembleia da República que foi criado para estudar as comissões bancárias está parado desde Abril de 2016 (ligação com paywall).
Já sobre as eleições autárquicas, uma nota interessante sobre a campanha eleitoral:Alguns políticos já abdicam dos cartazes e dispensam outdoors, como conta a Margarida Gomes. Afinal a crise do papel tem mesmo muitas faces...

Lá fora

Hoje vale a pena estar atento ao que se vai passar no Brasil, onde a Câmara dos Deputados vai reunir para decidir se Michel Temer vai ser julgado por corrupção na sequência das denúncias na operação Lava-JatoO João Ruela conta que não deve acontecer, mas como o Brasil é pródigo em reviravoltas de última hora vale a pena estar atento. E outro ex-presidente, Lula da Silva, acaba de ser constituído arguido pela terceira vez.
De Caracas será será melhor manter baixas expectativas e continuar a esperar mais más notícias, visto que o regresso dos líderes da oposição à prisão militar configura um endurecimento da posição do regime de Nicolás Maduro. Como era de esperar,os números oficiais da votação já foram postos em causa. E no que toca aos portugueses repatriados, já se decidiu sensatamente que não haverá quantificação dos custoas de reintegração, para manter a paz social.  
E claro que de Washington é sempre possível esperar o inesperado, porque da Casa Branca de Trump pode esperar-se (quase) tudo, até conspirações para criar notícias falsas.

Mais devagar
Ainda no centro do poder norte-americano, recomendo um documentário que já está disponível em Portugal via Netflix: Chamem Roger Stone é um mosaico das últimas décadas da política norte-americana e um retrato vagamente assustador deste apoiante do Presidente Trump. 
A palete de cores da natureza está a ser reconfigurada pela bioengenharia, que agora conseguiu criar os primeiros crisântemos azuis. Lá bonitos eles são, como pode ver - e ler - no texto da Teresa Serafim.
Para o deixar com água na boca e vontade de voltar amanhã, fecho com a história dos Pastéis de Belém, um segredo bem guardado que já leva 180 anos. Só não vale é ler este texto com fome...

Amanhã há mais, à hora do costume. Hoje também, aqui, a todas as horas.  

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