quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Portugal/Venezuela | GOVERNO DE COSTA ESTÁ REPLETO DE SANTOS SILVAS SERVIS AOS EUA

Mário Motta, Lisboa

Portugal não reconhece a recém-eleita Constituinte venezuelana, afirmou Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal. Nem podia ser de outra forma. A subjugação e o servilismo às políticas dos EUA e da UE, a isso obrigam. A aquiescência politicamente genética de Santos Silva e da maioria dos políticos e elites de Portugal, incluindo dos governos, tendem sempre a bajular os EUA independentemente dos crimes que pratiquem. E são inúmeros.

Santos Silva fala agora em democracia, em normalidade, etc. Mas não usou tais termos quando todos percebemos que os EUA têm por obsessão dominar a América Latina, os seus povos, os políticos que se vendem e subjugam e que a miséria e a pobreza nesses países significam elevados lucros para os EUA. Nesse aspeto os Santos Silvas da política fazem-se cegos, surdos e mudos. Quando os EUA sugam os vastos recursos pertencentes aos povos do continente sul-americano, os Santos Silvas fazem exatamente o mesmo, calam. Até parece que não existem. Quando os EUA derrubam governos democraticamente eleitos naquele continente porque não agrada aos seus interesses esclavagistas e exploradores os Santos Silvas não recorrem às palavras democracia, legitimidade, normalidade, humanidade, etc. Calam, alinham com os crimes do império norte-americano do mal. Assim tem sido sempre com estes Santos Silvas, que até podem ter outros nomes desempenhando cargos no governo, mas que agem, falam e procedem do mesmo modo. Cobardemente, injustamente. Antidemocraticamente.

Maduro não pode fazer outra coisa a não ser reagir aos ataques da oposição interna vendida aos EUA e coordenada pelos EUA. Quando nos sentimos atacados e de algum modo queremos defender-nos temos que reagir e se necessário pular muros. A intromissão é dos EUA na Venezuela e não o contrário. Aos patriotas só resta defenderem a  sua Pátria.

Quando por mais de uma década os EUA assediou a Venezuela e atacou insistentemente Chávez e, por consequência, o próprio povo, o próprio país democrático, os Santos Silvas nada disseram contra a sanha imperialista dos EUA. Nem quando os EUA elaboraram um plano (que está evidente) para desestabilizar a Venezuela, assim como restantes países da América Latina que defendiam a sua soberania democraticamente, os Santos Silva nada disseram, nunca condenaram as políticas dos EUA em defesa das democracias então vigentes.

As operações de desestabilização já duram há muito tempo e tem sido evidente que têm dado frutos. Fantoches dos EUA ocupam governos, como no caso do Brasil, por exemplo. A democracia foi subvertida e atualmente quem governa o Brasil e domina os setores essenciais do Estado são bandos de criminosos, de corruptos, de gentes de colarinho branco com mentes e mãos sujas. É desses que os EUA se servem e por isso os põem nos poderes. Mas os Santos Silvas nada dizem em desacordo com tais políticas imperialistas, políticas e ações criminosas de desestabilização.

Muito mais que o Brasil é a Venezuela detentora de petróleo. Podemos recorrer à Wikipédia e saberemos que a “Venezuela tem as maiores reservas de petróleo e gás natural do mundo, além de ser classificada consistentemente entre os dez maiores produtores mundiais de petróleo”. Isso para além de possuir “depósitos não convencionais de petróleo (óleo bruto extra-pesado, betume e areias betuminosas) aproximadamente iguais às reservas mundiais de petróleo convencional.” Está tudo dito.

Estes Santos Silvas suscitam suspeitas acerca da matéria que os compõem. Muitas das vezes ficamos sem saber se são seres humanos de facto ou híbridos robotizados e programados segundo as conveniências dos seus donos, os EUA e o grande capital, a que obedecem sem terem a coragem de questionar da justeza do que declaram e de como procedem.

São os Santos Silvas, são os mainatos dos EUA que enchem a boca de palavras que para eles só às vezes valem alguma coisa, como, por exemplo: “valores democráticos, soberania, liberdade…”. Neste caso, no da Venezuela, tais palavras valem nada, são ocas.

Dizer-se que tudo isto é lamentável será pouco e inútil. Porque lutar é vencer – e os Santos Silvas parece que isto não sabem – os venezuelanos não têm outro caminho a seguir. E o futuro é já ali, nem que seja só daqui por décadas ou séculos. Passado esse tempo é mais que provável que o império do norte da América, os EUA, já tenha implodido, a exemplo do destino de todos os impérios que a história cita e nos mostra tal desaire e extinção.

Vá mais além - se continuar a ler – e saiba o que disse Augusto Santos Silva, servil diplomata do governo de António Costa. Governo cuja coluna vertebral não está nas melhores condições. Está a diluir-se.

Foi declarado que a Venezuela não pode contar com os Santos Silvas de Portugal no reconhecimento da Constituinte. Mas pode contar com o reconhecimento de muitos milhares de portugueses solidários e em absoluta condenação às políticas desestabilizadoras, antidemocráticas e criminosas que são prática dos EUA. Não só de Trump mas de muitos mais saqueadores dos recursos naturais que pertencem a outros países e a outros povos do mundo. (MM | PG)

Portugal não reconhece Assembleia Constituinte da Venezuela

O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou hoje que Portugal, tal como os restantes países da União Europeia, não pode reconhecer a Assembleia Constituinte da Venezuela eleita domingo, a qual classificou de "um passo negativo".

No final da apresentação da candidatura do Porto a sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA), Augusto Santos Silva disse que a União Europeia (UE) está neste momento a preparar uma declaração que, basicamente, refere que os Estados-membros não podem reconhecer a assembleia constituinte.

Trata-se de "um passo negativo no processo", disse, acrescentando: "É necessário o regresso à normalidade constitucional, com pleno respeito dos poderes dos órgãos eleitos, pela separação de poderes, e é um apelo muito veemente da nossa parte para que as partes recusem e renunciem a qualquer forma de violência e se envolvam num processo político que resulte num compromisso, o regresso à normalidade constitucional na Venezuela e um calendário eleitoral que seja por todos aceite".

Sobre o pedido do presidente do Parlamento Europeu à União Europeia para que esta imponha sanções aos membros do Governo venezuelano de Nicolás Maduro, como a limitação dos movimentos no território comunitário e o congelamento de ativos económicos, o ministro referiu que ainda não existe uma decisão.

"Não ultrapassamos etapas e definimos sempre a nossa posição, o nosso falar e o nosso silêncio a partir da pergunta principal: o que ajuda mais e o que prejudica mais a nossa comunidade portuguesa e luso-venezuelana que reside na Venezuela. Não faço nada que prejudique e faço tudo o que possa ajudar", garantiu.

A este propósito, referiu que "o Governo português concorda com a posição da União Europeia, que ainda não considerou a possibilidade de utilização de outras ações políticas e diplomáticas".

Sobre a comunidade portuguesa e luso-venezuelana que se encontra na Venezuela, Augusto Santos Silva garantiu que esta é a principal preocupação do governo.

"Temos procurado manter todos os canais com a nossa comunidade portuguesa residente na Venezuela e com os luso-descendentes e esse nosso cuidado vê-se, por exemplo, no facto de a nossa transportadora aérea ser das poucas que viaja regularmente para a Venezuela".

E adiantou: "É importante que se mantenham todos os canais de comunicação com a nossa comunidade e com as autoridades venezuelanas porque a nossa obrigação número um é para com os portugueses e os luso-venezuelanos que vivem na Venezuela".

Sobre um eventual apoio extraordinário aos portugueses que estão a regressar da Venezuela, o ministro disse estar a trabalhar com as autoridades madeirenses "com grande espírito de solidariedade recíproca".

"As autoridades madeirenses ficaram de proceder a uma estimativa precisa e rigorosa de eventuais sobrecustos que estejam a incorrer", afirmou, adiantando que "há já processos em curso em várias áreas".

Lusa | em Notícias ao Minuto | Foto Lusa

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