O aeroporto tem estado fechado à partida e chegadas de aviões, mas o terminal acolheu mais de 600 pessoas que não encontraram quartos de hotel
O Aeroporto Internacional de Miami (MIA), o mais importante do estado norte-americano da Florida, vai continuar esta segunda-feira encerrado devido aos danos provocados pelo furacão Irma, informou o seu diretor, Emilio T. González.
O aeroporto, que encerrou ao final do dia de sexta-feira por precaução para aguentar a chegada do Irma, sofreu "significativos danos" devido à água, afirmou González, através da sua conta na rede social Twitter.
No domingo, o Serviço Meteorológico de Miami informou terem sido registados ventos de 151 quilómetros por hora no aeródromo.
O MIA tem estado fechado à partida e chegada de aviões, mas o terminal acolheu mais de 600 pessoas que não encontraram quartos de hotel, indicou o jornal The Miami Herald.
Espera-se que o aeroporto retome a atividade, ainda que com ligações aéreas limitadas, na terça-feira.
Centenas de voos foram cancelados no sábado e no domingo devido à chegada do furacão Irma que tocou terra na madrugada de domingo em Cayos, no extremo sul da Florida, onde chegou com força de categoria 4, na escala Saffir-Simpson de 5, e ventos máximos sustentados de 215 quilómetros por hora, voltando de seguida a terra, mais enfraquecido, em Marco Island, na costa oeste da península.
O Irma foi perdendo força à medida que se movimenta rumo a norte e baixou entretanto para categoria 1, após descarregar a sua maior potência destrutiva na costa oeste da Florida, onde provocou graves inundações.
Apesar de ter enfraquecido, o Irma deixou à sua passagem uma "crise humanitária" em Cayos, devastação e ainda a ameaça de ocorrência de ondas perigosas.
Segundo o mais recente balanço oficial, o Irma fez três mortes na Florida, mas teme-se que o número de vítimas aumente à medida que as condições meteorológicas forem permitindo maior acesso por parte das equipas de salvamento e resgate.
O governador da Florida, Rick Scott, afirmou na noite de domingo que, atendendo ao avanço do furacão Irma por aquele estado norte-americano, "o melhor que se pode fazer agora é rezar" pelas pessoas que se encontram na sua trajetória.
"Sei que muita gente em todo o mundo quer ajudar. O melhor que se pode fazer agora é rezar", disse Rick Scott, no domingo, à cadeia televisiva ABC, referindo-se à situação criada pelo furacão que fez mais de 30 vítimas mortais na passagem pelas Caraíbas.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que assinou, no domingo, uma declaração de "grande desastre" na Florida, anunciou que vai visitar aquele estado "muito em breve" e manifestou-se satisfeito com a resposta dada ao furacão Irma.
Fonte: Lusa
Foto: REUTERS/STEPHEN YANG
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