segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Sociedade | Estudante portuguesa recupera 200 mil euros de idosa a firma de advogados londrina


Alexandra da Silva, numa fotografia partilhada nas redes sociais
Estudante de Direito em Londres conseguiu ajudar sexagenária, também portuguesa, a derrotar na justiça uma sociedade de advogados que se tinha apropriado dos bens da idosa

Alexandra da Silva, natural de Cardielos, Viana do Castelo, e estudante de Direito numa universidade londrina, conseguiu recuperar 200 mil euros de uma idosa, também portuguesa, a um escritório de advogados de Londres. Segundo o Jornal de Notícias, Alexandra disponibilizou-se a ajudar Ângela Batista, de 69 anos, depois de a conhecer no restaurante do Futebol Clube do Porto, em Londres, e a idosa lhe ter contado a sua história.

De acordo com o JN, Ângela Batista, antiga empregada de limpeza, não sabe ler nem escrever e há mais de 40 anos que vive sozinha em Inglaterra. Em 2006 foi atropelada, tendo ficado com uma incapacidade física parcial. Foi indemnizada passados sete anos, mas a sociedade de advogados que a representou, a Hansen Palomares Solicitors, invocou que Ângela tinha ficado com incapacidade mental e arrogou-se o direito de lhe administrar a indemnização e todos os bens.

Desde 2013 que a idosa tentava reverter a situação na justiça, mas só quando contou o caso a Alexandra conseguiu resultados. A estudante portuguesa constituiu-se como "litigation friend", uma figura da lei inglesa que não existe em Portugal - e pode ser traduzida como "amiga de litígio" - e propôs-se a ajudá-la.

Avançou em novembro de 2016 com um requerimento ao tribunal e apresentou provas de que Ângela Batista está na posse de todas as capacidades, exigindo que o escritório de advogados restituísse a indemnização que lhe fora atribuída após o atropelamento, de 170 mil libras, 200 mil euros.

O juiz indicou uma médica para fazer uma avaliação independente e, há poucos dias, saiu a sentença favorável à idosa: a empresa tem até dia 3 de outubro para lhe devolver o dinheiro e apresentar contas. "Ela está radiante", disse Alexandra da Silva ao JN.

Já Ângela Batista, que se encontra atualmente na Madeira, disse estar feliz com o desfecho e elogiou a jovem estudante de Direito. "Foi o meu anjo da guarda", disse a sexagenária, citada pelo JN.

Fonte jurídica consultada pelo jornal admite, porém, que em Portugal seria impossível um caso semelhante, já que "os sistemas jurídicos são completamente diferentes", pelo que a lesada teria de apresentar uma queixa-crime em nome próprio no Ministério Público.

Fonte: DN

Luis Buster Mendes · 
Trabalha na Empresa Silvex

Neste caso a lei inglesa parece melhor que cá mas noutros casos nem por isso... Por exemplo em casos de violência ou violação basta quase a palavra da dita vítima pois levam muito em conta.. ADN e essas coisas não têm muito valor lá...
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Tiago André Do Val · 

Hoje palavra de alguém vale o que mesmo? Ainda bem que a ciência existe
GostoResponder110 minEditado
Jose Pereira · 

Parabéns jovem. Ajudas os aflitos. Não sei qual é a tua crença, mas demonstras ter um enorme espírito cristão. Obrigada, menina
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Rui De Sousa
Parabens!!! 👍
Que tenha muito sucesso na vida e na carreira profissional!
Faz prazer ver que inda se encontra gente boa! 👏
GostoResponder624 min

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