Poucos dias depois do trágico acidente de viação ocorrido no último domingo (03), no distrito de Zavala, província de Inhambane, no qual 12 pessoas morreram, 11 das quais carbonizadas, e outras 42 feridas, o Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) voltou a apelar, ferverosamente, para a necessidade de se reflectir em torno do problema, mormente das vidas que se perdem nas estradas e de tantas outras vítimas que contraem lesões, algumas das quais irreversíveis, por contas de carros.
Falando no habitual briefing à imprensa, Inácio Dina, porta-voz daquela entidade do Estado, começou por comunicar que, entre 26 de Agosto passado e 01 de Setembro em curso, ao menos 15 cidadãos pereceram e outros 26 ficaram lesionados. Destes 14 com gravidade, devido a 23 sinistros rodoviários, que resultaram igualmente em vários danos materiais avultados.
Desses acidentes, 16 foram do tipo atropelamento carro/peão, quatro choques entre carros e três despistes e capotamento.
O excesso de velocidade, má travessia de peões e as deficiências mecânicas nas viaturas envolvidas nos referidos acidentes são consideradas as principais causas.
Dos 23 sinistros, pelo menos 14 ocorreram entre as 12h00 e as 18h00.
O número de óbitos registados na semana em análise não inclui os compatriotas que se despediram das suas famílias, em Maputo, com promessas de regressar ou encontrarem-se numa outra oportunidade, mas tal desiderato não aconteceu, porque o autocarro da transportadora Nhancale não chegou ao destino – vila de Nova de Mambone, em Govuro – em consequência de ter despistado, capotado e imediatamente consumido pelo fogo.
Há que conduzir com prudência
Como que aproveitar o momento trágico para alertar as pessoas que se fazem ao volante, sobre a necessidade de preservar a vida, o porta-voz do Comando-Geral da PRM pronunciou-se de modo insistente sobre a sinistralidade rodoviária.
Segundo ele, comparativamente a 26 de Agosto e 01 de Setembro do ano passado, os acidentes de viação reduziram em 10 casos. Porém, “continuamos deveras preocupados” devido ao impacto pernicioso deste problema.
Por via disso, “queríamos reiterar o nosso vigoroso apelo aos condutores”, porque eles é que “têm a maior responsabilidade na via pública”.
A chamada de atenção não visa desobrigar os peões de redobrar a atenção quando se fazem à via pública, prosseguiu o agente da Lei e Ordem, mas os automobilistas devem “ter consciência durante a condução porque se está a semear luto nas estradas e atrasar o desenvolvimento (...)”.
Detido por tentar corromper policial
Em Tete, um automobilista foi recolhido aos calabouços por “tentativa de suborno aos agentes da Polícia da Trânsito (PT) com 500 meticais, para se isentar da multa imposta”.
Relativamente à fiscalização rodoviária, o trabalho da PT incidiu sobre 38.836 carros, dos quais 515 apreendidos por causa de diversas irregularidades e aplicadas 4.444 multas.
Na mesma operação, 391 cartas de condução e 133 livretes foram confiscado, além da prisão de 33 indivíduos detidos por suposta condução ilegal.
Fonte: Jornal A Verdade. Moçambique
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