David Dinis, Director
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Bom dia!
O Benfica ganhou um senhor reforço: no último dia do mercado de transferências, o Inter de Milão anunciou o empréstimo de Gabigol, internacional brasileiro, ao clube português. O Sporting também ganhou um jogador: William Carvalho, afinal, não saiu. A grande incógnita é se Adrien Silva vai mesmo para o Leicester. Mas foi na Europa que o mercado enlouqueceu, com muitos milhões em cima da mesa e, em alguns casos, por baixo dela também. O Nuno Sousa explica melhor do que eu.
Com mais um hat-trick, Ronaldo ultrapassou Pelé. Enquanto o mercado não fechava, Portugal goleou as Ilhas Faroé e continua a depender apenas de si para garantir o apuramento directo para o Mundial. O rei foi Ronaldo, uma vez mais, que marcou para uma etapa na história do futebol mundial. E vão 78 golos pela selecção. Nos outros jogos foi assim: Bélgica e França dominadoras com uma surpresa na Bulgária e outra em Chipre.
Saindo do futebol, registe este desafio a Trump. Os presidentes das maiores empresas tecnológicas da América assinaram uma carta ao presidente pedindo-lhe que não rasgue o acordo assinado por Obama, que protege as crianças imigrantes e sem documentos que vão à procura de uma nova vida. O grupo inclui os executivos da Microsoft, Uber, Apple, Facebook, Google, Twitter, Cisco, Amazon and HP, anota o site Politico.
A ONU diz que o Irão está a cumprir o acordo nuclear, ao contrário do que diz o Governo americano. Segundo o relatório oficial da Agência Internacional de Energia Atómica, os níveis de enriquecimento de urânio estão, grosso modo, em linha com os acordados em 2015 com os EUA, Reino Unido, China e Rússia, explicao The Guardian. Mas como já aqui tinha dito a Maria João Guimarães, a administração Trump quer rasgar o acordo. A pergunta é: "Como?"
A Volkswagen anunciou um programa de troca de carros. Dois anos depois do escândalo das emissões poluentes escondidas, precisamente quando a UE publica um novo regulamento para impedir novas fraudes ao consumidor, o gigante alemão prometeu pagar seis mil libras por quem queira trocar o seu modelo por um já limpo de problemas. Mas só mesmo no Reino Unido, lamenta o The Telegraph.
No Público hoje
Uma manchete já a ser citada: o Governo pode colocar os bombeiros também na prevenção dos fogos. Quem o diz é o novo secretário de Estado das Florestas, que nesta entrevista ao Manuel Carvalho explica que é preciso "derrubar muros" - e tenta derrubar um outro: "Entre ter má floresta e não ter floresta, é preferível não ter floresta".
Sobre o mesmo tema, anote bem esta denúncia do presidente dos bombeiros voluntários: há um “esquema” de “financiamento dos bombeiros” com verbas “desviadas da alimentação”. E fica também uma actualização de dados: a área ardida já ultrapassa os 223 mil hectares, metade do que ardeu na Europa.
Na saúde, também há um alerta a registar: a dívida do SNS está a pôr os fornecedores de equipamento médico em crise.
E, falando em alertas, ainda há aquele falso alarme de ontem. Mas talvez seja melhor ler a Ana Henriques com atenção: a ameaça terrorista põe autoridades portuguesas de sobreaviso.
Certo e seguro é isto: o preço dos combustíveis vai subir. A culpa é do furacão Harvey, explica o Eco.
Ao nível de notícias boas, tenho duas para partilhar: os casais vão ter nova oportunidade para evitar pagar o adicional de IMI, diz o Negócios; e os estudantes voltam a ter 25% de desconto nos passes a partir de hoje.
Mais esta mudança de sentido em Lisboa: a EMEL mudou as bicicletas de sítio para não roubar espaço aos carros (por causa dos protestos, com autárquicas à vista).
E há outra boa para o Grande Porto: desconvocada a greve, o Metro reforçou linhas para Red Bull Air Race. Se quiser passar por lá, aqui vão os nossos conselhos para um fim-de-semana de olhos postos no céu.
Mais terrena foi a discussão entre os candidatos à câmara do Porto. Na TVI, Rui Moreira não esteve, mas o caso Selminho foi prato forte. A sobremesa foram as coligações do futuro.
Quem falou do passado e futuro foi Marcelo: “Quando deixar de ser Presidente, não farei comentários sobre os meus sucessores”. Recado direitinho para Cavaco Silva.
Verão que é de ler
Ora veja quem chegou hoje aos 80: Francisco Pinto Balsemão, "o patrão dos media que foi primeiro-ministro", nas palavras de Joaquim Vieira, que acaba de lançar uma biografia não autorizada do militante número 1 do PSD. Pegando nela, a Leonete Botelho revisitou os episódios que fizeram de Balsemão um dos homens mais influentes do país, dos que mais contribuíram para o mudar. E começa por aqui: Balsemão, 80 anos, um império em risco e um Marcelo no sapato.
E quem é que regressou ao Maio de 68? Alice Vieira, na série "O Verão da minha vida" que publicamos no P2 de Verão. Pego nas palavras da Bárbara Wong, que esteve à conversa com ela: "Descobriu a tranquilidade da Costa Nova no ano em que assumiu um amor que, à época, era um escândalo. Corajosa, assumiu a relação e percebeu que o mar faz parte da sua vida". A história começa em Paris.
Falando nós de amor, ponha os olhos no ípsilon. Melhor, na entrevista que o Mário Lopes fez a Benjamin Clementine, no momento em que ele deixa o seu íntimo para lançar um olhar sobre o mundo. É bom aproveitar, porque Clementine garante que este será o penúltimo álbum da sua carreira. E diz assim: "Não vou desperdiçar tempo a escrever canções de amor". No ípsilon de hoje há outras músicas, como o "lúcido e militante optimismo" dos Tribalistas (revistos pelo Nuno Pacheco); alguns livros (como o passado que é um paraíso privado, um regresso a John Banville), ou um olhar sobre a Documenta, uma das exposições fotográficas mais relevantes do mundo, desta vez com uma pergunta: "O que fazer com a arte que trazem os corpos dos refugiados?" Muitas leituras, para um fim-de-semana em cheio.
Deixo-lhe ainda o link para o nosso especial sobre o Festival de Veneza, porque o Vasco Câmara vai continuar por lá a mostrar-nos as primeiras imagens dos filmes que nos vão surpreender daqui por uns tempos. Hoje é o caso: em First Reformed, de Paul Schrader e com Ethan Hawke, os diálogos sobre a fé são "explosivos", garante o Vasco.
Eis que me despeço de si, esperando que tenha tido um dos grandes verões da sua vida. Nós começamos Setembro assim: com fé, com lúcido e militante optimismo. E na sua amável companhia. Aqui estaremos, hoje e durante o fim-de-semana, para não o deixar perder nada. Eu voltarei a escrever esta newsletter na segunda-feira, enquanto termina o seu sono.
Até já!
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