O verão ainda não acabou e 2017 já é o terceiro ano com mais área ardida em Portugal desde que existem registos oficiais (1980). Os números, provisórios, do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais (EFFIS), com base em imagens de satélite, apontam para cerca de 224 mil hectares queimados.
Os dados agora revelados são grandes e os relatos dos últimos meses assustam, mas mesmo assim continuam longe dos máximos registados em 2003 (426 mil hectares queimados) e 2005 (339 mil), apesar de acima dos 182 mil de 1991.
A nível europeu, pelo contrário, não existe outro país na União Europeia onde o ano esteja a correr tão mal a este nível. Portugal lidera, destacado, a área ardida, seguido de muito longe pela Itália (131 mil hectares) e Espanha (61 mil).
Ou seja, países mediterrânicos, um deles muito próximo de Portugal, com muito mais território, mas onde os fogos estão a ter, em 2017, muito menos impacto. Em Espanha a área ardida é mesmo quase quatro vezes mais pequena que em Portugal.
Do território que até agora ardeu na União Europeia (559 mil hectares), quase metade (224 mil) foi em Portugal. Se olharmos para o número de grandes incêndios que afetaram mais de 30 hectares há 1416 na Europa, 225 deles em território português.
Os números do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais baseiam-se em imagens de satélite pelo que não conseguem abarcar toda a realidade e têm normalmente diferenças em relação aos oficiais que se baseiam, também, em visitas ao terreno.
O balanço oficial de área ardida será feito, em breve, pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Fonte: TSF
Foto: Miguel Pereira da Silva/Global Imagens
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