Ambientalistas foram ver a origem das frutas e legumes e dizem que supermercados não fazem tudo para apoiar a produção nacional.
A associação ambientalista Zero fez um estudo para perceber de onde vêm os legumes e frutas vendidos nas grandes superfícies e concluiu que, afinal, há muito caminho a fazer para apoiar a produção agrícola portuguesa.
Além da questão económica, o sítio de onde vêm estes produtos e a distância que percorrem até chegarem às nossas mesas é também importante para avaliar a sua "pegada ecológica" e a Zero diz que há muito a fazer.
Fazendo as contas, metade das frutas vendidas em Portugal vem de fora. Nos legumes esse valor desce para um terço. No entanto, mesmo nos legumes, mais de 50% de produtos como o pimento, a curgete, a cebola e a batata à venda nos supermercados vêm do estrangeiro.
Nas frutas, a Zero fala num "cenário preocupante", mesmo em frutas da época. "Os dois únicos casos em que se atingem os 100% de origem nacional encontram-se nos morangos e amoras, sendo que apenas as ameixas (82%), o figo (77%), a cereja (64%) e o pêssego (60%) se encontram com valores acima dos 50% nos diferentes locais amostrados".
Pelo contrário, nos limões apenas 24% são "made in Portugal", enquanto nas uvas o número desce para 23%, algo que segundo os ambientalistas "não poderá ser facilmente explicado, atendendo a que as principais origens destes produtos são países próximos, com climas similares, como a Espanha e Marrocos".
Fonte: TSF
Foto: Paulo Alexandrino/Global Imagens
Nenhum comentário:
Postar um comentário