A Ericsson estará a preparar um plano para eliminar até 14 mil postos de trabalho na Europa e na América Latina.
Lusa07 de setembro de 2017 às 11:12
O grupo de telecomunicações sueco Ericsson, com actividade em Portugal, pode estar perto de eliminar até 14 mil postos de trabalho na Europa e na América Latina, depois dos maus resultados alcançados no segundo trimestre deste ano.
Esta possibilidade foi avançada pelo jornal sueco Svenska Dagbladet, que cita fontes próximas da administração do grupo, a empresa confirma que avançará em breve com um plano de redução de custos, mas considera "prematuro" falar em medidas específicas.
Contactada pela agência Lusa, fonte da empresa remeteu qualquer esclarecimento para o comentário oficial do grupo, disponível no 'site' e publicado com a data desta quinta-feira, 7 de Setembro, onde a Ericsson diz já ter comunicado que um dos grandes objectivos da empresa era o de reduzir custos e aumentar a eficiência.
"Relacionando [esta estratégia] com os resultados do segundo trimestre, a Ericsson comunicou que o grupo, à luz da conjuntura do mercado, vai acelerar as acções planeadas para assegurar que o objectivo de duplicar a margem de operações durante o ano de 2018 pode ser alcançada", refere.
A Ericsson não comunicou ainda que unidades específicas ou países podem vir a ser afectadas, disse, considerando ainda prematuro "falar sobre medidas específicas ou excluir algum país".
"Quando a Ericsson implementar estes planos para reduzir custos, irá comunicar oportunamente as suas intenções e que trabalhadores poderão vir a ser afectados", indica.
No segundo trimestre a Ericsson perdeu 105 milhões de euros líquidos e a facturação em termos homólogos baixou 8%, penalizada por vendas fracas na Europa e América Latina, onde o grupo conta actualmente com 53.000 trabalhadores, um pouco menos de metade do total.
Segundo o jornal sueco, o director executivo Börje Ekholm já terá informado todos os seus planos à administração.
Durante a apresentação das contas do grupo, o responsável já tinha declarado que era necessário poupar pelo menos 10 mil milhões de coroas suecas (cerca de 100 milhões de euros) até meados de 2018.
Em Outubro passado, de acordo com a agência Efe, a Ericsson eliminou 3.000 postos de trabalho na Suécia, cerca de um quinto dos trabalhadores naquele país, argumentando que era uma medida necessária para manter a competitividade e a liderança a nível mundial, afectada pelo crescimento de marcas chinesas como a Huawei no sector.
fonte: jornal de Negócios
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