A Águas da Região de Aveiro (AdRA) abdica de cobrar a água utilizada pelos particulares para combater os incêndios que afetaram a região de Aveiro nos dias 15 e 16 de outubro.
No referido período, foram utilizados, nas contas da empresa, mais de sete milhões de litros de água para o combate aos incêndios na região.
"Para além das corporações de bombeiros, várias pessoas a título individual utilizaram a rede de abastecimento público para defender as suas vidas, bens e propriedades. A água utilizada nesse fim de semana será gratuita", refere uma nota da AdRA publicada no seu sítio de Internet.
Assim, diz a empresa, qualquer cliente que tenha utilizado água para esse fim e venha a receber uma fatura com consumos "anormais", pode contactar a AdRA para se fazer uma "reanálise da sua fatura".
Segundo a empresa esta utilização "intensiva" provocou em certos momentos, uma baixa na pressão de água em determinadas zonas.
"De salientar, que várias instalações da AdRA sofreram danos e fomos ainda afetados pelos cortes de energia elétrica e falhas nos sistemas de comunicação, o que agravou a disponibilidade dos nossos serviços de abastecimento de água e comprometeu o atendimento telefónico", refere a mesma nota.
A AdRA adianta ainda que desde o início do flagelo dos incêndios que afetaram a região, disponibilizou e mobilizou o máximo de recursos humanos e técnicos, contribuindo para que as corporações de bombeiros tivessem acesso à água necessária para combaterem as diversas ocorrências.
Por último, a empresa agradece a todas as corporações de bombeiros e outras entidades, que pela sua intervenção e atuação impediram que maiores danos tivessem ocorrido nas instalações do serviço público de abastecimento de água, contribuindo para manter em funcionamento o abastecimento.
A AdRA é a entidade que gere e explora em regime de parceria pública os serviços de água e saneamento relativos ao Sistema de Águas da Região de Aveiro.
A empresa tem como principal acionista a AdP - Águas de Portugal, em representação do Estado, com 51% do capital social. Os restantes 49% do capital social são detidos pelos municípios de Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos.
Fonte: JN
Foto: Tony Dias/Global Imagens
Comentário: uns pagam pelos outros. Alguém vai acreditar que a empresa é assim tão generosa?
J. Carlos
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