domingo, 21 de janeiro de 2018

Politica | Marcelo acelera calendário até às eleições de 2019. É preciso passar da reflexão à ação

Marcelo desafiou grupos como a Plataforma do Crescimento Sustentável a passarem da reflexão à ação. Especialmente por causa da negociação dos fundos comunitários. "Não basta verem mais longe".

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Era ‘apenas’ mais um encerramento de mais uma conferência, desta vez promovida pela Plataforma do Crescimento Sustentável, mas Marcelo Rebelo de Sousa tinha outra ideia. Num discurso escrito – pouco usual no Presidente – enumerou nove pontos essenciais para o país, admitiu que um consenso na reforma do Estado é uma miragem, e provocou Jorge Moreira da Silva, o presidente daquela plataforma: É preciso passar da reflexão à ação e tem de ser até às eleições de 2019, especialmente por causa do novo quadro comunitário 2020/2030, cuja negociação começa neste início do ano. “Não basta verem mais longe”…

O encontro da Plataforma liderada por Moreira da Silva, um social-democrata sem militância partidária porque é um alto quadro da OCDE, tinha um propósito: A discussão de um relatório sobre a reforma do Estado e do sistema político, que foi apresentado no último painel do dia por Hélder Rosalino, antigo secretário de Estado da Administração Pública e atual administrador do Banco de Portugal. Marcelo já tinha feito o trabalho de casa e, além dos sete pontos que estiveram em discussão nos vários painéis, até identificou nove. Uns em que o país está adiantado, como a energia, outros a que já chegou, como os ‘Portugais esquecidos’ e a coesão territorial e outros ainda em que a situação política não permite qualquer consenso, como é o caso da reforma do Estado. “Que todos concordam, mas com visões opostos”, afirmou Marcelo. “Infelizmente, os consensos são um sonho adiado, e é uma pena que o sejam”.

Os problemas identificados por Marcelo são outros. E são dois: O tempo e a fórmula de passagem. “Muito do que se apresenta perde o seu vigor se não passa à prática rapidamente”, atirou. E tinha um calendário na cabeça, dirigido diretamente a Jorge Moreira da Silva. Já no início de fevereiro começa a discussão sobre o plano 2020/2030 relativo ao novo pacote de fundos europeus. “As melhores ideias, se não influenciarem já, ficarão à margem de Portugal”. Para o Presidente, o calendário é mesmo os próximos dois anos, até às eleições em 2019, porque terá de ficar tudo fechado em 2018 em Portugal e em 2019 na Europa.

Marcelo admite que há outros temas a suscitar a atenção dos portugueses, mas questiona se há coisas mais importantes do que definir 65% a 80% do investimento público, o que corresponde aos fundos comunitários. Marcelo reuniu esta sexta-feira o conselho de Estado, prescisamente para discutir os fundos europeus. E isso levou o Presidente a apontar o segundo ponto, numa espécie de provocação política a Moreira da Silva. Se já não tivesse passado as eleições do PSD, até poderia sugerir outra coisa… Mas o desafio fica também para Rui Rio, o novo presidente-eleito do PSD.

Marcelo desafiou a Plataforma para o Crescimento Sustentado, e particularmente, Jorge Moreira da Silva, a passar da reflexão para a ação. A plataforma é de ação, diz, seria uma pena que as ideias ficassem para “memória futura”. E cita um versão alterada de um adágio popular: “quem espera… nunca alcança”. “Onde, quando e como as vossas pistas podem chegar à vida dos nossos concidadãos?”, mas não pode ser “depois de depois de amanhã”.

Fonte: ECO.PT

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Apresentação do Mapa de Sessões de Colheitas de Sangue a realizar no ano de 2018 no Posto Fixo da ADASCA em Aveiro


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