quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

CHVNGE | Hospitalização Domiciliária

Doentes podem ficar hospitalizados em casa a partir de fevereiro.
O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNGE) vai ter uma Unidade de Hospitalização Domiciliária, que, a partir de fevereiro, permitirá o internamento em casa de doentes agudos, com acompanhamento clínico permanente.
Prevê-se que, no primeiro ano de funcionamento, o serviço tenha a capacidade de abranger, por períodos de 7 a 15 dias, um total de 12 domicílios em simultâneo, esperando-se que, no segundo ano, essa capacidade passe a ser de 20 internamentos.
A admissão está reservada a doentes que cumpram os seguintes requisitos: ter um problema clínico que possa ser acompanhado em casa com qualidade idêntica ou superior à verificada no hospital; viver num raio de 30 quilómetros da Unidade 1 do Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, EPE (CHEDV), em Gaia; dispor de, pelo menos, um cuidador familiar sempre disponível; disponibilizar-se voluntariamente para o efeito.
Para o acompanhamento clínico desses internamentos estará sempre disponível uma equipa de 18 profissionais, entre os quais médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas e assistentes sociais.
De acordo com o Presidente do Conselho de Administração do CHEDV, António Dias Alves, uma das principais vantagens é o maior conforto do utente, que, em casa, passa a receber um tratamento mais humanizado e terá uma recuperação mais rápida, diminuindo, ainda, o risco de infeções hospitalares. O dirigente espera, também, resultados positivos na economia de recursos, com uma poupança de, pelo menos, 20 % relativamente ao custo de idêntica estada no hospital, com impacto também na eficiência geral, já que o tratamento em casa libertará o hospital para outros doentes.
Olga Gonçalves, coordenadora deste serviço, explicou que o funcionamento será em articulação com as unidades de cuidados primários da área de residência de cada internado e admitiu que poderá envolver «um trabalho de proximidade com as forças policiais», para acompanhamento, por exemplo, das «enfermeiras que transitam durante a noite» nas visitas aos domicílios.
Grávidas, doentes do foro psiquiátrico, casos de pediatria e utentes de cuidados continuados e paliativos estarão excluídos do serviço, por exigirem outro tipo de acompanhamento especializado. A coordenadora garante que o internamento domiciliário contará com «atendimento disponível 24 horas por dia e acesso direto aos meios complementares de diagnóstico», estando ainda em estudo a possibilidade de telemonitorização permanente.

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