As chuvas intensas que têm caído nas últimas duas semanas no Norte e em algumas regiões do Centro de Moçambique, habituais durante a época chuvosa, desalojaram mais 3 mil cidadãos e destruíram outras 300 habitações. O número de vítimas mortais desde Outubro ascende a 34 pessoas, grande parte vitimada por descargas atmosféricas.
As chuvas prolongadas, com ventos fortes e descargas atmosféricas que se fizeram sentir desde o início de Fevereiro nas províncias da Zambezia, Manica, Tete e Sofala destruíram completamente 79 residências, parcialmente 281 e inundaram 426 habitações desalojando 3.925 pessoas principalmente na cidade da Beira, com 2050 afectados, e o distrito de Lalaua, com 1405, onde também 12 salas de aulas ficaram parcialmente destruídas, revelou esta quarta-feira (14) o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC).
Paulo Tomás, o porta-voz do INGC, disse a jornalistas que devido a situação de inundações urbanas na Cidade da Beira “foram criados três centros de trânsito nos bairros de Mungassa, Ndunda e Praia Nova que até ao dia 13 albergavam 2.281 pessoas. Deste número, foram identificadas 606 pessoas vulneráveis, que necessitam de especial atenção, sendo 577 crianças, 11 mulheres grávidas, 1 portador de deficiência e 6 mulheres chefes de família”.
Segundo a fonte o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades está a prestar assistência alimentar e não só nesses centros de trânsito. Entretanto o INGC encerrou todos os centros de trânsito que funcionavam na província de Nampula onde os afectados foram reassentados em talhões demarcados em áreas seguras.
O porta-voz do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades actualizou para 34 o número de vítimas mortais desde que a época chuvosa iniciou em Outubro, 16 pereceram em Nampula, sete em Cabo Delgado e seis em Sofala.
As descargas atmosféricas continuam a ser a principal causa de morte, com 17 vítimas, seguido pelos ventos forte que vitimaram 12 cidadãos. As autoridades de emergência prevêem que as chuvas intensas continuem nos próximos dias nas províncias de Manica, Sofala, alta Zambézia e Nampula.
Fonte: Jornal A Verdade. Moçambique
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