O Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz e Chefe da Proteção Civil, João Ataíde, esteve, esta semana, na Serra da Boa Viagem, a acompanhar os trabalhos de silvicultura preventiva (limpeza de mato) que se encontra a ser desenvolvido, desde o início do ano, pelas duas equipas de Sapadores Florestais do Município.
Na Figueira da Foz, estão em curso, atualmente, trabalhos de silvicultura preventiva numa área de de 53 ha manufeitos, isto é, as operações decorrem, por força dos terrenos acidentados, sem recurso a maquinaria pesada.
Os locais intervencionados integram a rede primária de gestão de material combustível. «São pontos estratégicos que têm de ser limpos de forma a provocarem a heterogeneidade na paisagem ao nível da carga de combustível do sub bosque», explica o Comandante do Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros, Nuno Osório. «Consiste em tratar o material combustível de forma distinta em diferentes seções, criando aquilo que, visualmente, parecerá um mosaico, para, na eventualidade de um incêndio, conseguir que este perca força», concretizou. O material cortado é destroçado após dois ou três dias de seca. «Criam-se assim pontos de ancoragem que minimizam a progressão dos incêndios, de acordo com orientações cientificamente estudadas», concluiu.
Os 11 sapadores florestais - sob supervisão do SMPCB, através do Gabinete Técnico Florestal - continuarão os trabalhos até ao início do período crítico dos fogos, altura em que passam a integrar as equipas de vigilância armada, dotados de meios técnicos para fazer a primeira intervenção de combate a incêndios.
Para o Presidente da Autarquia, «este é um serviço público de inestimável valia, porque previne tragédias e permite criar condições para uma boa gestão do território e para a sua proteção em caso de incêndio. O edil espera que, a estes trabalhos, se junte, até 15 de março, «a limpeza, pelos proprietários privados, de áreas florestais significativas no Concelho, para que o nível de segurança de pessoas e bens seja o mais elevado possível».
Estes trabalhos enquadram-se no serviço público protocolado com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que estabelece que a silvicultura preventiva deve ocupar 50% do tempo laboral destas equipas, num total de seis meses por ano.
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