quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Em 17 e 18 de fevereiro Ciclo de Teatro regressa com espetáculos em Cantanhede, Tocha, Cordinhã, Casal (Cadima) e Ourentã



O ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede regressa no próximo fim-de-semana para mais cinco espetáculos, desta vez em Cantanhede, Tocha, Cordinhã, Casal (Cadima) e Ourentã.
Depois da estreia “em casa” na jornada inaugural, o Grupo Cénico do Clube União Vilanovense cumpre a sua etapa de itinerância no sábado, 17 de fevereiro, a partir das 21h30, na sede do Rancho Regional “Os Esticadinhos” de Cantanhede, onde vai apresentar a peça “Um Hotel Modelo”. Nesta comédia de autor desconhecido, os acontecimentos decorrem num empreendimento hoteleiro gerido por um surdo e um meio cego contando com a colaboração de um criado que de servir sabe pouco. É neste contexto propício a equívocos que um amor proibido enfrenta desafios inesperados.
No mesmo dia, igualmente às 21h30, o GATT – Grupo Amador de Teatro da Tocha apresenta, na sede da Associação Recreativa e Cultural 1.º de Maio da Tocha, Os Turistas”, comédia sobre um grupo turístico que visita um museu perto de Coimbra sem se aperceber que entre eles há um louco fugitivo do manicómio. Trata-se de uma comédia adaptada de uma peça original de Luís Gonçalves, à qual foram introduzidas algumas alterações pontuais que conferem mais atualidade ao desenrolar dos acontecimentos.
Também no sábado, e ainda às 21h30, o Grupo de Teatro da Associação Cultural e Desportiva do Casal sobe ao palco da sede desta associação da freguesia de Cadima para representar “Confissões” e “Vamos Cortar na Casaca – 2018”, dois originais de Manuel da Silva Barreto. “Confissões” é uma comédia em que várias personagens com diferentes maneiras de entender o que é ou não é pecado vão à confissão, onde tentam provar ao Padre Confessor que as suas eventuais falhas só podem ser culpa de outrem. Já “Vamos Cortar na Casaca 2018” é uma rábula a partir de uma entrevista a presidentes de três entidades políticas – de âmbito nacional, municipal e local –, que são confrontados com perguntas embaraçantes da parte de jornalistas, munícipes e fregueses.
A jornada de sábado inclui ainda o espetáculo do Cordinha d’Água, Teatro do Rancho Folclórico “Os Lavradores” de Cordinhã, que se estreia no salão da Associação de Instrução e Recreio de Cordinhã, às 21h30, com “Eva, a Pequena Estrela”, da autoria de Manuel Tomé. A história de Eva, uma menina de seis anos, desenrola-se entre o Brasil e Portugal, quando ela entra inocentemente num porão de um barco de traficantes de animais que a leva até Terras de Vera Cruz. Peça centrada no convívio da criança com os bichos, “num enredo impregnado de ternura, lealdade, amizade, amor e, sobretudo, de vontade de vencer”.
Finalmente, no domingo, 18 de fevereiro, às 15h30, é o Grupo Cénico do CSPO – Centro Social e Polivalente de Ourentã que apresenta no salão desta instituição a comédia “A Farsa do Advogado Patelino”, a partir de um original francês do final do século XV, “La farce de maître Pathelin”. Trata-se de uma comédia de costumes sobre as peripécias de um causídico esperto e ardiloso que, com a ajuda da sua astuciosa mulher, engana um comerciante simplório. Depois de ter defendido e conseguido a absolvição de um pastor em tribunal, num processo que lhe foi instaurado pelo tal comerciante, o jurista vê-se tomado nas teias que ajudara a tecer: o pastor recorre à estratégia que lhe havia sido instruída e recomendada para agora ludibriar também o próprio advogado.

Sobre o Grupo Cénico do Clube União Vilanovense
A origem do Grupo de Teatro do Clube União Vilanovense remonta ao início do século passado, quando um conjunto de entusiastas formou um agrupamento cénico de carácter amador na localidade. Fundado em 1913, durante anos o grupo era constituído maioritariamente por homens, o que obrigava a que alguns papéis femininos fossem interpretados por elementos do sexo masculino.
A sua atividade tem sido quase contínua desde a sua existência, tendo interrompido as representações apenas nas décadas de 1940 e 1970, mas nunca por períodos superiores a um ano. Na primeira década de existência, funcionou sem sede própria, apresentando as peças numa adega particular, até que, em 1926 foi inaugurada a sede do Clube União Vilanovense num imóvel que ainda hoje é a casa-mãe da coletividade.
Atualmente, são cada vez mais os jovens que se dedicam às artes cénicas e à expressão dramática. Todos são atores amadores, sendo de salientar o facto de muitos frequentarem ações de formação neste domínio, designadamente as que a Câmara Municipal de Cantanhede tem vindo a promover, sob orientação de atores profissionais.
Além da representação, há outras vertentes, desde o grupo coral e respetivos músicos, passando pela execução de tarefas de produção, como a montagem dos cenários, preparação dos adereços, iluminação e som, as quais estão a cargo de elementos que trabalham arduamente para que os espetáculos atinjam a melhor expressão artística possível.
Geralmente o Grupo de Teatro do Clube União Vilanovense estreia no Dia de Natal uma nova peça, uma preocupação que se repete também em cada edição do Ciclo de Teatro Amador no Concelho de Cantanhede, não só para despertar o interesse do público, mas também para motivar os elementos para novos desafios artísticos.
Depois de um interregno de cerca de três anos que manteve o Grupo afastado das participações no Ciclo de Teatro, que havia participado na primeira edição do certame, volta agora a integrar o programa do Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede, numa produção do Grupo Bombarda – secção do Clube União Vilanovense.

Sobre o GATT - Grupo Amador de Teatro da Tocha
As origens do GATT – Grupo Amador de Teatro da Tocha ninguém as sabe ao certo e também não existe nenhum documento escrito onde estejam registadas. São os elementos antigos com mais anos de casa que contam, entre as memórias que ainda surgem, os momentos mais marcantes de que há lembrança.
Os ensaios decorriam na antiga sede, localizada na Rua Dr. José Gomes da Cruz. A primeira peça foi levada à cena na década de 60, no antigo Grémio de Instrução e Recreio da Tocha, onde se realizavam os bailes (no atual café Esplanada), mas a continuidade perdeu-se.
É na década de 70, pelas mãos de Júlio Garcia Simão, encenador e antigo funcionário do Rovisco Pais, que o Grupo de Teatro ganha novo alento. Mais tarde é substituído por Américo Guímaro, que levou à cena a peça "A Forja", também encenada no Festival de Teatro de Montemor-o-Velho. É com ele que se estreia a peça "Frei Thomaz".
Segue-se novamente um período de interregno, onde apenas se fazem alguns "sketches", para em 1984 Júlio Campante, de Coimbra mas casado com a professora da escola primária da Tocha, dar uma nova dinâmica ao Grupo Amador de Teatro, que com ele começou a atuar em palcos um pouco por todo o país.
O bichinho do teatro ficou de vez, e já na sede da Associação Recreativa e Cultural 1.º de Maio da Tocha, "o salão encheu-se um punhado de vezes". A população aderia aos espetáculos e é com o Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede e a participação no certame que o grupo se revitaliza e se consolida, ficando apenas marcada por um interregno de um ano, em 2003, devido a um vazio de direção instalado, e em 2012, por doença do ator principal, Américo Romão.
O Grupo de Teatro Amador da Tocha já levou a palco diversas peças de diferentes estilos, tais como "A Casa dos Pais", "Entre Giestas", "A Mala de Bernardete", "Serão Homens Amanhã", "Há Horas Diabólicas", "As Duas Cartas", "Uma Sardinha para Três", "Terra Firme", "Frei Thomaz", levada a palco na década de 1970 e que em 2009 voltou a estar em cena, seguida de “Falar Verdade a Mentir”, “A Forja”, “O Doente Imaginário”, uma adaptação do original da autoria de Molière, “Verdades e mentiras da vida real”, um original da autoria de José Maria Giraldo, e Desejo Voraz, peça com que encerrou a 18.ª edição do Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede. Na anterior do certame interpretou “As duas cartas” da autoria de Júlio Dinis.


Sobre o Grupo de Teatro da ACDC – Associação Cultural e Desportiva do Casal
O Grupo de Teatro da Associação Cultural e Desportiva do Casal foi fundado em 24 de outubro de 2004, sendo constituído na altura por 16 elementos. Estreou-se em palco no dia 26 de dezembro do mesmo ano com a realização de Festa de Natal/Teatro levando a palco variedades das quais se salienta a comédia “O cliente tem sempre razão” da autoria de Manuel Silva Barreto.
A 29 de janeiro de 2006 levou a palco, em conjunto com outras peças, a comédia da autoria de Manuel Silva Barreto “Médico de Família” que foi também apresentada em maio de 2008, pelos mesmos atores, na festa dos Missionários Combonianos em Coimbra.
A 17 de março de 2007, o grupo representou, entre outras, duas peças de Teatro da autoria de Manuel Silva Barreto, o drama “Vida e Morte de Santa Iria” e a comédia de “A falar é que a gente se entende”.
No ano de 2008 foram novamente apresentadas peças cómicas da autoria de Manuel Silva Barreto, nomeadamente “O Trata Tudo”; “Encontro de Velhas Amigas” e “Vamos Cortar na Casaca”. Esta sessão de teatro teve repetição na sede da coletividade a 23 de fevereiro, e em Alqueidão a 2 de março do mesmo ano.
A 7 de março de 2009 o grupo levou a palco um drama e duas peças cómicas da autoria de Manuel Silva Barreto, “Vida ou Morte – uma questão de consciência”, “Parto Complicado” e “Vamos cortar na casaca”.
No ano seguinte o grupo encenou as peças “O Polícia - Autoridade sem Autorização” e “A Estrela do Circo”, de autor desconhecido, ao que se juntou a versão atualizada de “Vamos cortar na Casaca – 2010” da autoria de Manuel da Silva Barreto.
A participação do grupo na 13.ª edição do Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede concretiza-se com a encenação de “Os Fora da Lei”, “Isto é volta de Bruxedo” e “Vamos Cortar na Casaca – 2011”, trabalhos da autoria de Manuel da Silva Barreto.
E em 2012, assumindo uma vez mais a abertura do Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede, o grupo apresenta de novo três peças originais, também da autoria de M.S. Barreto, ”A Partilha”, “Namoro Proibido” e “Vamos Cortar na Casaca – 2012” e na edição anterior deste Ciclo de Teatro o grupo estreou uma nova peça, intitulada “A Herança” leva a palco mais três comédias originais, à qual se juntou a atualização da sátira cantada “Vamos Cortar na Casaca”.
Em 2013, levou a palco as comédias “Encontro de velhas amigas”, “Eu sou um grande médico” e “Vamos cortar na casaca – versão 2013”. Em 2014 encenou “A herança” e “Vamos cortar na casaca – versão 2014”. Em 2015 apresentou-se com “Projeto industrial de dois palhaços”, “Geração de viúvas” e “Vamos cortar na casaca – versão 2015”. Em 2016 encenou “Vida ou morte: uma questão de consciência”, “Um falso confessor” e “Vamos cortar na casaca – versão 2016” e na anterior edição do certame “Experiência Fatal”, “Namoro Confuso” e “Vamos cortar na casaca – 2017 Versão Parlamento Aberto”

 
Sobre o Rancho Folclórico "Os Lavradores" de Cordinhã
O grupo foi fundado em 19 de outubro de 1978 por iniciativa do pároco da freguesia, chamado Fernando, e de um grupo de pessoas convidadas para o efeito, entre elas o músico Arsénio Cavaco. Cinco anos depois, mais propriamente no dia 17 de fevereiro de 1983, foi legalizado por escritura pública no Cartório Notarial de Cantanhede e publicado no Diário da República III Série, n.º 81 de 8-4-1983 como Associação Cultural e Recreativa, denominada Rancho Folclórico de Cordinhã.
Este rancho esteve em atividade 15 anos consecutivos seguindo-se um breve interregno de cerca de três meses. Posteriormente reiniciou a sua atividade com a designação de Rancho Folclórico "Os Lavradores” de Cordinhã, que ainda hoje mantém.
Neste momento, ao grupo de adultos junta-se o grupo juvenil-infantil composto por 20 crianças, servindo simultaneamente de escola de folclore.
Integrado nesta associação está o grupo Cordinha d'Água Teatro, composto por pessoas de todos os escalões etários, que participa nos Ciclos de Teatro da Câmara Municipal de Cantanhede e nos Ciclos de Teatro organizados pelo INATEL, onde se encontra inscrito.

Sobre o Grupo Cénico do C.S.P.O. – Centro Social e Polivalente de Ourentã
Constituído por cerca de 25 elementos, entre atores, atrizes e demais colaboradores, o Grupo Cénico do C.S.P.O. – Centro Social e Polivalente de Ourentã fez renascer na freguesia uma tradição local que há muitos anos se encontrava sem atividade.
A primeira formação teatral conhecida remonta a 1936, cujas atuações permanecem ainda na memória de alguns dos residentes mais velhos como acontecimentos importantes na dinamização sociocultural da comunidade. Depois de vários períodos de interrupção, o último dos quais de vinte anos, devido a dificuldades no relacionamento entre a direção então eleita e o proprietário do imóvel que servia de sede à coletividade (Centro de Recreio Popular de Ourentã), o teatro voltou a ter expressão em Ourentã em 2003, ano em que um conjunto de entusiastas mobilizou esforços e vontades para criar um grupo cénico no âmbito da valência cultural do Centro Social e Polivalente de Ourentã, que havia sido fundado em 1995.
Para além do objetivo de fazer reviver uma tradição antiga na freguesia, na base da iniciativa esteve também a motivação dos promotores em fazer representar a instituição no Ciclo de Teatro Amador, programa da Câmara Municipal com reconhecido alcance cultural e grande notoriedade em todo o Concelho.
Depois do afastamento de Laurindo Francisco, em 2005, por motivos de saúde, Abel Ribeiro ficou a coordenar o grupo, cujos elementos têm participado nas ações de formação que a autarquia cantanhedense tem vindo a promover, sob orientação de atores profissionais.
Segundo os seus responsáveis, estas ações têm sido um fator muito importante na valorização técnica e artística dos intervenientes, ao mesmo tempo que têm permitido tirar melhor partido dos recursos e alargar os horizontes do grupo na produção dos espetáculos.
O financiamento da sua atividade é assegurado pelo CSPO, que também gere as receitas provenientes de outros apoios e subsídios, entre os quais o que é atribuído pela Câmara Municipal no âmbito dos ciclos de teatro.

Os ensaios decorrem normalmente na sede do CSPO ou, quando isso não é possível, num dos salões da Junta de Freguesia de Ourentã. O trabalho é desenvolvido ao longo do ano com a regularidade possível, de acordo com a disponibilidade das pessoas envolvidas, muitas vezes com grande sacrifício.

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