Portugal, Campeão Europeu de futsal!
Além do prestígio e da Glória pela conquista de mais um título europeu por uma seleção nacional, onde mais que a qualidade individual, sobressaiu o enorme espírito de equipa, este triunfo do futsal nacional foi para mim um dos momentos de maior orgulho enquanto português amante do desporto, mas também enquanto dirigente desportivo ligado à modalidade.
Este título conquistado na Eslovénia tem nele o reconhecimento e a confirmação que o caminho percorrido até agora pelo Futsal e o crescimento sustentado na formação, começa a dar frutos e eleva esta modalidade a um nível que honra todos quantos lhe dão diariamente tanto do seu tempo, da sua vida.
O futsal, tal como o conhecemos e com campeonatos organizados nas regras actuais, é um fenómeno de crescimento galopante de uma modalidade, de um desporto, que deveria merecer mais atenção e mais momentos de reflexão intensa e alargada. Não é esse exercício que pretendo aqui fazer, até porque não terei algumas das competências adequadas para isso, mas pretendo aqui neste artigo realçar, evidenciar o trabalho e a aposta fundamental de tantos dirigentes na formação, no esforço diário que fazem para conseguir condições mínimas de treino aos seus atletas, aos técnicos, aos seus adeptos, aos adeptos do Futsal.
Assim, uma das maiores vitórias que Portugal trouxe da Eslovénia foi a confirmação de que somos uma potência europeia e por isso mundial, em mais um desporto coletivo mas sobretudo a evidência que o futsal não é, nem deve ser visto neste país, como o “parente pobre” do futebol.
O futsal é uma modalidade específica, com características singulares, independente e com um público que cada vez mais o compreende, que o acompanha semana a semana, que se envolve e apoia diariamente de uma forma crítica e construtiva.
Vão-se apanhando progressiva e definitivamente as memórias do chamado “futebol de salão” com o aumento da popularidade, do público, do interesse pelo Futsal, onde começam agora a germinar mais intensamente as sementes que Orlando Duarte e mais alguns, lançaram à terra há pouco mais de duas décadas.
Em suma, Portugal parece começar a entender o potencial da modalidade, a necessidade de preparação das novas gerações de jogadores. Isso só dará ainda mais frutos se for alicerçado no reconhecimento da parte dos intervenientes na causa pública, do trabalho de base e de muitos anos feitos nos clubes, na colaboração de melhoria da qualidade das instalações de treino, na compreensão da necessidade de mais apoios aos clubes locais que formam os futuros talentos e finalmente numa maior mobilização de patrocínios e empresas envolvidas enquanto parceiras nesse projeto.
Após esta brilhante conquista em que os jogadores, equipa técnica e todo o staff da federação merece o nosso mais profundo reconhecimento, a responsabilidade de melhorar as condições existentes, de evoluir sustentadamente, de dar condições às sementes que estão plantadas é agora maior e necessariamente deve ser económica, financeira e socialmente mais abrangente, que nunca, para se poder colher os novos frutos.
Um bom dia!
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