domingo, 29 de abril de 2018

Apoio social a idosos ascendeu a 27 milhões em 2017

Rita Andrade diz que, até Dezembro, todas as medidas estarão implementadas


Apoio social a idosos ascendeu a 27 milhões em 2017
As políticas de apoio a idosos, na Madeira, durante o ano passado, tiveram um custo que superou ligeiramente os 27 milhões de euros. O número, revelado ao DIÁRIO, por Rita Andrade, indicia a dimensão do trabalho, que tem vindo a ser realizado, em particular pela Segurança Social da Região.
A secretária do Assuntos Sociais garante que, neste momento, 85% das medidas elencadas no Programa de Governo estão em execução e que, até Dezembro deste ano, acontecerá o mesmo com as restantes. Como o mandato do actual Governo termina em 2019, sobram alguns meses para melhorar o que houver a melhorar ou implementar outras medidas que se venham a revelar necessárias.
A governante garante que o trabalho, que vem a ser desenvolvido pelos cerca de 1.400 funcionários da Segurança Social, é de excelência e lamenta que, por vezes, a ideia que os madeirenses guardam do serviço seja determinada pelos poucos casos em que há problemas e não pela imensa maioria em que correm bem.
As políticas ligadas ao envelhecimento activo são lideradas pela Segurança Social e contam com as IPSS. Aqui são referidos apenas os números respeitantes à acção directa da Segurança Social, mas é certo que a realidade das pessoas abrangidas pelos benefícios é bem superior.
Um dos aspectos que são mais conhecidos pela generalidade dos madeirenses é o desenvolvido pelo Serviço de Ajuda Domiciliária (SAD). Beneficia, directamente, 3.455 idosos. Trata-se de uma actividade que vai passar a contar, durante 2018, com mais 30 ajudantes. Um número que fica aquém do pretendido por Rita Andrade, que diz necessitar de 88. Mas os condicionalismos financeiros assim o determinam.
É essa carência de ajudantes que faz com que o tempo de resposta às solicitações, depois de totalmente cumpridas as formalidades, varie consoante as áreas geográficas. “Não existe propriamente uma média para a atribuição de Serviço de Ajuda Domiciliária (SAD), uma vez que depende da realidade deste serviço em cada concelho. Isto é, depende da entrega de toda a documentação necessária, da tipologia do pedido, da disponibilidade da equipa prestadora, da existência de lista de espera, entre outros factores. Assim, se em alguns concelhos, entre a solicitação do pedido e a atribuição de SAD, poderá existir um hiato temporal de dez dias, outras situações haverá em que essa atribuição será mais demorada”, reconhece a Secretaria dos Assuntos Sociais.
Duzentos à espera de alimentação
Um dos apoios que a Segurança Social dá aos idosos é o fornecimento de refeições ao domicílio. Neste momento, existem 470 idosos que usufruem deste tipo de apoio, aos que se juntam os que recebem as refeições através das IPSS apoiadas pelos dinheiros da Segurança social.
Apesar disso, a Segurança Social tem uma lista de espera considerável. São cerca de 200 pessoas que aguardam uma oportunidade para receberem refeições em casa.
Mas se nas refeições, existem lacunas, há outra área em as coisas aparentam estar bem melhores. Nas chamadas ajudas técnicas, de que existem 23 tipos (por exemplo, cadeiras de rodas, canadianas...), a Segurança Social apoia com 866.
Existem 95 pessoas a quem é prestado apoio de lavandaria e 288 recebem apoio para pagar aos chamados cuidadores informais. É um apoio em dinheiro, que ronda os 300 euros, que é entregue para pagar a uma pessoa para prestar cuidados personalizados e individualizados, no domicílio do idoso. É um apoio destinado a idosos para quem não é indicado o Serviço de Ajuda Domiciliária.
Trezentos funchalenses a viverem sós
n Um dos problemas das sociedades modernas, a que a Madeira não escapa, é o dos idosos a viverem sós. No Funchal, são 342, com maior incidência na freguesia de Santa Maria Maior, que conta com 80 pessoas nas condições. Por isso, a freguesia foi uma das escolhidas para o desenvolvimento do projecto-piloto sobre como Prevenir a Fragilidade Física no Domicílio.
O projecto, que abrange também São Pedro e Santa Luzia, “consiste na promoção da actividade física e na estimulação cognitiva para uma população específica beneficiária do SAD (idosos em risco de fragilidade física, que se encontram no domicílio), que independentemente da idade e do sexo, tenha neste projecto um instrumento fundamental para melhorar a sua aptidão física funcional e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida”.
A Secretaria está a preparar outros projectos-piloto com objectivos semelhantes, que também pretendem prevenir a fragilidade física dos idosos, mas, igualmente, dar condições para que vivam o máximo de tempo possível nos seus domicílios.
Linhas dedicadas a idosos
Existem, neste momento, a funcionar várias linhas telefónicas, que visam apoiar os idosos em diferentes situações. A mais conhecida é a da teleassistência, que inclui a instalação de um equipamento na casa dos idosos, para que estejam sempre contactáveis. Um serviço que já chega a mais de 700 madeirenses e que vai ser alargado a outros 200, no âmbito do orçamento participativo do Estado.
Mas, além deste serviço, existem duas linhas para onde os idosos podem e devem telefonar, consoante a necessidade que sintam. Uma delas é a Linha de Emergência Social. Num caso de emergência, seja ele qual for, o idoso ou alguém por ele, deve ligar para o 144. Um número que visa a resolver situação tão urgente como as que resultam, só para exemplificar, de uma agressão.
Depois, existe uma outra linha, que cumpre um fim mais social, Linha Maiores de 65. Ao ligar para o 800202565, o idoso pode aliviar um pouco a solidão ou colocar alguma questão que queira ver esclarecida.
Fonte: dnoticias


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