Camionistas iniciam hoje a partir das 08:00 uma ação de protesto que prevê a paralisação da circulação e marchas lentas para reclamar a regulamentação do setor e a indexação do preço dos transportes ao dos combustíveis.
"A paralisação vai realizar-se à hora a que estava prevista", garantiu o presidente da direção da Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP), Márcio Lopes, no domingo à noite no final de uma reunião com o secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d'Oliveira Martins.
Márcio Lopes assinalou que o primeiro encontro como o Governo foi inconclusivo e não há "suspensão da paralisação", referindo que a ação de protesto pode levar a marchas lentas ou à imobilização das viaturas nas bermas de vias, de norte a sul do país, sem localização específica pré-determinada.
Para hoje está marcada uma segunda reunião no Ministério do Planeamento e Infraestruturas, que tem a tutela dos Transportes, com início marcado para as 09:30, e que contará também com a presença da Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM).
O presidente da ANTP reiterou que a paralisação dos camionistas "tem hora exata para começar, mas não tem hora para acabar".
De acordo com Márcio Lopes, o caderno de reivindicações dos profissionais inclui ainda que o preço dos combustíveis seja indexado ao preço dos transportes, isto é, refletido no custo dos serviços, melhores condições de trabalho para os motoristas e descontos nas portagens.
"A iniciativa não partiu da associação, mas é a associação que está a dar voz ao desagrado dos camionistas e dos empresários, muitos associados da ANTP", explicou o dirigente associativo.
A ANTP representa as pequenas e médias empresas do sector e foi formada depois do bloqueio de 2008.
De acordo com a ANTP, o setor tem 7.500 empresas e mais de 300 mil trabalhadores, representando esta associação cerca de 400 associados, segundo o presidente da direção.
Lusa
Nenhum comentário:
Postar um comentário