Uma verdadeira revolução comuno-progressista estava em curso, com o objetivo de implantar no Brasil um regime como o que Fidel Castro e seus sequazes impuseram a Cuba
♦ Paulo Corrêa de Brito Filho
Diretor da revista Catolicismo
Uma das principais bandeiras da revista Catolicismo sempre foi a de denunciar o movimento progressista e premunir contra ele os fiéis católicos, para não serem embaídos e levados, por vezes inadvertidamente, a engrossar suas fileiras. Por isso nossa revista é considerada a mais antiprogressista e anticomunista do País. Não é uma missão fácil nem agradável. Nossa vida seria muito mais tranquila se combatêssemos apenas os inimigos externos, distantes, sem atingir os que penetram e atuam no interior da Santa Igreja Católica Apostólica Romana.
Mas é imperativo de nossa consciência, como filhos da Igreja, lutar em sua defesa e denunciar os lobos dissimulados em peles de cordeiros, que nela se infiltram com o objetivo de desfigurá-la. No fiel desempenho dessa missão, a história de Catolicismo é marcada por uma grande campanha contra a infiltração comunista nos meios católicos, a qual está completando exatos 50 anos. Essa epopeia é narrada na matéria de capa da edição deste mês. Ela encontra-se disponível no site:
Em 1968, uma verdadeira revolução comuno-progressista estava em curso, com o objetivo de implantar no Brasil um regime como o que Fidel Castro e seus sequazes impuseram a Cuba. Um dos principais impulsionadores desse projeto da “esquerda católica” era o sacerdote belga Joseph Comblin, abrigado no Recife por Dom Helder Câmara. Em um relatório ele expôs os métodos ditatoriais e sangrentos para alcançarem esse objetivo. Era destinado a divulgação restrita, no entanto vazou para a imprensa, e dele o Brasil inteiro tomou conhecimento.
A subversão infiltrada na Igreja era conhecida e temida por grande número de católicos. Perplexos e chocados, acompanhavam o trabalho que o clero progressista empreendia para abolir antigas tradições e promover inovações brotadas depois do Concílio Vaticano II. O documento comprometedor do Pe. Comblin não deixava margem a dúvidas, e deu ensejo a uma atitude corajosa do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, fundador da TFP brasileira. Numa Reverente e filial mensagem, apresentou a Paulo VI suas graves apreensões, seguindo-se um pedido de medidas a fim de impedir tais desvios, pois minavam a Igreja e levavam muitos fiéis a se afastarem dela ou a se engajarem em movimentos marxistas.
A TFP aderiu a essa mensagem e a esse pedido, e se empenhou em ampla coleta nacional de assinaturas num abaixo-assinado, conseguindo a adesão de 1.600.368 brasileiros. As listas contendo as assinaturas foram entregues no Vaticano sob a forma de microfilmes.
Qual foi a resposta da Santa Sé a esse SOS? O completo silêncio! No entanto, transcorridos alguns meses da campanha, Paulo VI se referiu a um processo de “autodemolição” da Igreja; e mais tarde, em 1972, afirmou ter a sensação de que “por alguma fissura tenha entrado a fumaça de Satanás no templo de Deus”. Palavras que confirmaram a grave denúncia da TFP, ecoada por nossa revista em todo o território nacional.
Fonte: ABIM
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