Pais denunciaram questionário com perguntas discriminatórias, referentes à ascendência dos alunos.
A Direção-Geral da Educação (DGE) adiantou à TSF que o inquérito considerado "racista", que estava a ser entregue aos pais dos alunos em escolas básicas de Lisboa e do Porto , vai ser retirado.
De acordo com a DGE, a Comissão Nacional de Proteção de Dados tinha dado um parecer desfavorável ao inquérito, estabelecendo que algumas das questões formuladas teriam de ser retiradas.
O parecer fora enviado à DGE, mas, ainda assim, as escolas começaram a entregar o questionário aos pais e encarregados de educação.
Em declarações à TSF o Alto Comissariado para as Migrações, Pedro Calado, admite que este não é um inquérito habitual.
"Considerar que os ciganos portugueses são uma categoria que não é portuguesa parece-me estranho. Os ciganos que vivem em Portugal há mais de 500 anos são portugueses e portuguesas como todos os outros cidadãos."
Após queixas dos pais, o caso está a ser investigado, assegura Pedro Caldo.
António Pinto Nunes, vice-presidente da Federação Cigana Portuguesa, apela por sua vez à intervenção de Marcelo Rebelo de Sousa.
"Claro que é racismo", condena, "o que é que importa a uma escola se uma pessoa é cinzenta, parda, amarela ou azul?"
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