segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Aos inimigos, o direito de espernear

Bolsonaro

♦  Padre David Francisquini*
Quanta sabedoria se encerra nas palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre a hipocrisia e a malícia dos maus! Ele ensina e adverte por meio de São Lucas que nada fica oculto: o que for dito nas trevas será ouvido às claras, e o que se falar ao ouvido ou no gabinete será pregado sobre os telhados. Nas presentes eleições, o povo brasileiro vem tomando conhecimento de tudo aquilo que o PT pretendia fazer para prejudicar ainda mais nosso País.
Circula nas redes sociais em forma de vídeos uma avalanche de documentos demonstrando todo o mal já feito e que poderá ainda ser feito se as urnas entregassem o Brasil à esquerda. Para esta, o que importa não é o País, mas o sistema ideológico de seus protagonistas. A Nação deve apenas lhes oferecer os meios para implantar esse sistema espúrio que nega a ordem natural das coisas e os Mandamentos da Lei de Deus.
Para o comunismo o que importa é a ideia, aquilo que representa o plano traçado, uma concepção metafísica em que a família e a propriedade são golpeadas e feridas de morte, para se chegar à destruição da hierarquia e de todos os valores postos por Deus na ordem do universo. A atual palavra-chave dessa verdadeira seita mundial é “desconstrução”, ou seja, desfazer tudo aquilo que recebemos dos nossos antepassados através das sadias tradições.
BolsonaroAo desconstruir a família, o que se pretende é demolir igualmente o direito de propriedade e a hierarquia, que é o fundamento de tudo. Se as famílias forem bem constituídas, tudo andará bem, até a economia. Caso contrário, tudo caminhará para o desastre, para a miséria, para a desolação. É o que nos demonstra a História, mestra da vida, e no presente isso é patenteado nos exemplos da Venezuela, Cuba e Nicarágua.

Tomemos o caso da ideologia de gênero e do “casamento” homossexual, presente em todos os programas dos partidos políticos da esquerda. O objetivo apontado por seus ideólogos é eliminar o que ainda resta da família patriarcal, herança da civilização cristã. Teríamos de chegar ao século XXI do nascimento de Jesus Cristo — que dividiu a História em antes e depois — para se falar e se propor tamanha aberração que clama aos céus e pede a Deus vingança.
Na verdade, tal programa visa instaurar no Brasil o regime socialo-comunista, com a eliminação de todas as desigualdades, se possível fosse, e a implantação do amor livre. Seus próceres se empenham em promover manifestações públicas, como a marcha das vadias, com a participação de mulheres nuas e integrantes da chamada contracultura, todos blasfemando, quebrando crucifixos e imagens como a de Nossa Senhora Aparecida, ações que transudam ódio à Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana.
O plano de governo da esquerda tupiniquim, segundo esse projeto universal, é realizar um novo processo constituinte — como se com suas concessões ao socialismo e outras mazelas a atual Constituição já não bastasse — para o estabelecimento de um Estado totalmente laico que exclua as igrejas do exercício do poder político e promova a “saúde integral da mulher” para o pleno exercício dos seus direitos sexuais e reprodutivos…
Isso significará a liberalização de todo tipo de aborto, a legalização da prostituição, a promoção da cidadania LGBT, a orientação sexual e a identidade de gênero, a implementação do programa da transcidadania, com bolsas de estudo para travestis e transexuais, além da legalização e livre comercialização das drogas.
Não por acaso lemos no ideário de Lênin:
— Corromper a juventude por meio de sexo; controle da mídia; dividir a população em grupos para que haja desentendimentos; desconfiança em relação a seus líderes; derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nos governantes; esbanjar dinheiro público para produzir pânico e desassossego na população; quebrar a imagem do país e infiltrar-se nas instituições; promover greves ilegais, distúrbios, para desestabilizar as autoridades; catalogar todos os que têm arma de fogo, para elas serem confiscadas, e impossibilitar a sua posse para que não haja resistência; falar sempre em democracia e Estado de direito; assumir o poder e o controle de tudo.
Foi exatamente o que o PT tentou fazer em todos esses anos de governo, promovendo a destruição da família e do Estado. Felizmente, entre a Igreja Católica e o socialo-comunismo não há conciliação. Um católico não pode favorecer um regime materialista e ateu. Pio XI e Pio XII afirmaram que não se pode favorecer o regime socialista nem o comunista, porque eles são intrinsecamente maus. Pio XII introduziu pena de excomunhão para quem favorecesse e ingressasse num partido comunista, pois este contraria a doutrina ensinada por Nosso Senhor.
Nosso Divino Salvador nos ensina que não podemos servir a dois senhores. Ele vai mais além, ao afirmar que “sereis perseguidos por causa do meu nome. Não vos admireis de que o mundo vos odeia, porque me odiou primeiro”. E nos recomenda prudência: “Caiu a chuva, transbordaram os rios sopraram os ventos, investiram contra aquela casa e ela caiu e foi grande a sua ruína” (Mt 7, 24 e seg.). Ruiu porque não estava fundada sobre a rocha.
BolsonaroTodo aquele que ouve essas palavras e não as pratica será como o homem insensato, que edificou sua casa sobre a areia. O Brasil é um país nascido à sombra da Santa Cruz e batizado com a celebração da Santa Missa. Mais tarde, por decreto do Papa São Pio X, ele foi consagrado a Nossa Senhora Aparecida.

A fim de obter a graça de ser mãe, a Princesa Isabel se dirigiu ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida e fez ali uma promessa. Nessa ocasião, entregou o Brasil à sua atual Rainha, ato que foi reconhecido e acrescentado por São Pio X, que constituiu Nossa Senhora Aparecida Imperatriz do Brasil e defensora perpétua do povo brasileiro. A Princesa Isabel mandou confeccionar com suas próprias joias um manto para Nossa Senhora, a quem deu também uma coroa de ouro. E Ela reina sobre o Brasil… Resta aos seus inimigos o jus sperniandi…

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(*) Sacerdote da Igreja do Imaculado Coração de Maria — Cardoso Moreira (RJ), colaborador da Agência Boa Imprensa.
Fonte: ABIM

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