“Fontinha, Contributos Sociológicos, Históricos e Patrimoniais”, livro de António Santos foi apresentado no auditório da Biblioteca Municipal de Cantanhede em 30 de março, numa sessão que marcou o encontro do autor com amigos e admiradores.
Na mesa de honra, para além da autora, esteve presente Célia Simões, vereadora da autarquia, Maria Edith Tavares Garrido, professora aposentada e responsável pela apresentação da obra e Luís Pessoa, presidente da Associação Recreativa Cultural Amigos da Fontinha (ARCAF).
Esta, é já a terceira publicação de António Manuel Pereira dos Santos que em 2004 publicou “Fontinha, o seu povo: histórias, afectos e memórias” e, em 2016, “Da Fontinha à Flandres: Joaquim Gosmes dos Santos, um combatente na I Grande Guerra”.
Célia Simões, congratulou o autor por mais este excelente trabalho elogiando “o enorme empenhamento e rigor, para além do genuíno interesse que o autor tem demonstrado pela História, Cultura e Tradições da Fontinha, espelhado na publicação”. A autarca concluiu, afirmando que “para o município é um enorme motivo de orgulho ter a oportunidade de promover e divulgar obras escritas por autores do concelho, como é o caso de António Santos, congratulando-se também por estas apresentações constituírem um fator de afirmação para carreira do autor”.
Já o autor dedica este livro a todos quantos se queiram por ele deixar inspirar, para que, “não nos esqueçamos nunca de onde viemos e assim melhor podermos descobrir por onde devemos ir”.
Para a Câmara Municipal de Cantanhede estas iniciativas demonstram bem a vitalidade do concelho no que se refere à produção literária, para além de que é seguramente uma forma de continuar a divulgar os escritores contemporâneos do concelho de Cantanhede, alargando o universo dos seus leitores.
Sobre António Santos
António Manuel Pereira dos Santos nasceu na Fontinha, a 15 de novembro de 1952. É filho de um ourives ambulante e de uma agricultora, dedicada mãe de família. Filho mais velho de três irmãos, todos rapazes, nasceu e cresceu numa altura de maiores dificuldades, que provocavam fome, mas forjavam o carácter.
Vive em Condeixa-a-Nova desde 1976, mas volta – sempre que pode –, à Fontinha, que o viu nascer e crescer, para rever família e amigos, e lavar os olhos e o espírito com a paisagem gandaresa que, apesar de transfigurada pelo progresso que demorou a chegar, conserva uma beleza inexplicável, onde reconhece ainda a magia da sua meninice.
Gandarês de coração – o que é uma bênção –, procura ser um intransigente defensor dos valores históricos e culturais de uma região que nos “tatua” indelevelmente a alma, como considerava Carlos de Oliveira, seu maior arauto.
O presente trabalho representa um grande fôlego de registo da cultura, dos usos e dos costumes da Gândara, que muito vem enriquecer o património desta sub-região da Bairrada que, apesar de estéril na origem (da aridez das dunas ao barro rijo como pedra), gerou e deu ao Mundo grandes homens, em todas as áreas das ciências e das artes.
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