Projeto da Universidade de Coimbra distinguido com prémio. |
Investigadores de Coimbra estão a desenvolver uma molécula para proteger as células da destruição provocada pela osteoartrose e por outras doenças associadas ao envelhecimento, projeto distinguido com um prémio na área da saúde.
Desenvolvido por uma equipa da Faculdade de Farmácia e do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, «o projeto venceu nos últimos dias o prémio BfK Ideas 2019 (na categoria de Saúde e Bem-Estar), do programa de promoção e valorização da ciência e do conhecimento científico e tecnológico Born from Knowledge (que é promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, através da Agência Nacional da Inovação)», anunciou esta quarta-feira a universidade.
O projeto já tinha conquistado antes três prémios no Arrisca C, concurso de ideias e planos de negócio organizado pela Universidade de Coimbra e dirigido a estudantes do ensino secundário e técnico-profissional, do ensino superior ou diplomados há menos de cinco anos.
A equipa «permitiu a identificação de um composto com propriedades físico-químicas e farmacológicas muito promissoras, capaz de ativar uma enzima que protege as células articulares, inibindo os processos destrutivos e ativando a reparação articular».
Ainda segundo a universidade, a descoberta pode ser o primeiro passo para o desenvolvimento de um medicamento inovador para a osteoartrose, doença que destrói as articulações, causando dor e perda de mobilidade, e que afeta 10 a 15% da população mundial acima dos 60 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
Atualmente, não há cura para a osteoartrose: ao fim de alguns anos, o seu processo destrutivo leva à necessidade de substituição da articulação por uma prótese.
Após a demonstração in vitro da elevada probabilidade de sucesso desta molécula como medicamento para a osteoartrose e para outras aplicações, o passo seguinte será a realização de estudos em animais para comprovar a sua eficácia e segurança, dizem os investigadores.
Além da osteoartrose, os investigadores esperam que a utilização do composto possa estender-se a outras doenças associadas ao envelhecimento, como as neurodegenerativas.
Fonte: Lusa
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