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O juiz do Tribunal de Viseu decidiu esta quinta-feira aplicar prisão preventiva ao militar da GNR de Mortágua, Viseu, suspeito de ter abusado sexualmente da enteada, de 14 anos.
Detido desde terça-feira, o guarda, de 36 anos, optou por não prestar declarações ao juiz que recolheu declarações para memória futura, na presença do advogado do arguido. Pelo facto de ser suspeito de um crime, o militar também vai ser alvo de um processo disciplinar aberto pela Guarda Nacional Republicana.
Segundo o JN apurou, terá sido a própria menina de 14 anos a denunciar os abusos a uma profissional da escola que frequenta, o que levou a polícia Judiciária a investigar.
O militar foi detido pela GNR no posto de Mortágua, ao início da noite de terça-feira, onde se encontrava a exercer funções. O suspeito vive numa aldeia de Mortágua com a mulher com quem casou em Agosto passado e que tem duas filhas de uma anterior relação. A mãe da menor, alegadamente vítima de abusos sexuais, terá ficado surpreendida com os alegados abusos à menor, assim como os colegas de profissão.
O arguido estava colocado há alguns anos em Mortágua, concelho de onde é natural.
Quem o conhece desde a infância contou ao JN que está incrédulo com a notícia. "É uma pessoa muito calma, muito integrada na sociedade. Há algo muito estranho nesta história", afirmou, sem querer ser identificado. Adiantou ainda que, profissionalmente, o militar é visto como alguém muito correto e nada dado a conflitos.
Sandra Ferreira / JN
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