AVISO À POPULAÇÃO AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO CIVIL

PRECIPITAÇÃO, NEVE, VENTO e AGITAÇÃO MARíTIMA
1. SITUAÇÃO Situação Meteorológica: No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), realizado hoje pelo Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), salienta-se, de acordo com a informação prestada, que se espera para os próximos dias o agravamento das condições meteorológicas, com especial destaque para as regiões a norte do rio Tejo e, em particular, as regiões do Minho e do Douro Litoral.
Destacam-se como principais fatores de risco:  Precipitação persistente com picos de maior intensidade (>10 mm/h) durante o dia de amanhã (08JAN) e no domingo (10JAN), podendo os valores acumulados ultrapassar os 200 mm durante este período;  Queda de neve acima dos 1400m (podendo descer pontualmente aos 1200m);  Vento a soprar forte com rajadas da ordem dos 90 km/h, no litoral, e 100 km/h, nas terras altas;  Agitação marítima na costa ocidental com ondas até 5m.
Informação hidrológica relevante:  Escoamento superficial e sub-superficial tendencialmente elevado, suscetível de originar inundações rápidas em zonas historicamente vulneráveis, em especial nas bacias hidrográficas dos rios Minho, Lima, Cávado, Ave, Vouga, Douro e Mondego.
Não é de excluir a eventual ocorrência de situações de cheias associadas ao aumento do caudal das principais linhas de água.  As condições de saturação dos solos mostram-se favoráveis à de ocorrência de deslizamentos de terras, especialmente nas zonas de declive mais acentuado. Não deixe de acompanhar as previsões meteorológicas em http://www.ipma.pt
2. EFEITOS EXPECTÁVEIS Em função das condições meteorológicas atuais e previsíveis, espera-se:  Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo;  Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, devido à acumulação de águas pluviais e/ou insuficiência dos sistemas de drenagem;  Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água das zonas historicamente mais vulneráveis;  Inundações de estruturas urbanas subterrâneas por deficiências de drenagem;  Danos em estruturas montadas ou suspensas;  Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente durante períodos de preia-mar, que podem causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;  Possibilidade de queda de ramos ou de árvores em virtude de vento mais forte;  Possíveis acidentes na orla costeira;  Fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação em água dos solos.
3. MEDIDAS PREVENTIVAS A ANPC recomenda à população que adote medidas de prevenção adequadas, nomeadamente que:  Garanta a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais, retirando inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou possam obstaculizar ao livre escoamento das águas;  Adote uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água e de gelo nas vias de circulação;  Transporte e aplique as correntes de neve nas viaturas sempre que circular nas áreas atingidas por queda de neve;  Não atravesse zonas inundadas, de modo a evitar o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos existentes no pavimento ou caixas de esgoto abertas;  Garanta uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente andaimes, placards e outras estruturas suspensas;  Tenha especial cuidado na circulação e permanência junto a áreas arborizadas, mantendo-se atenta à possibilidade de queda de ramos ou de árvores devido a vento mais forte;  Tenha especial cuidado na circulação junto da orla costeira e em zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a inundações rápidas;  Não pratique atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, e evita, também, o estacionamento de veículos na orla marítima;  Esteja atenta às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e das Forças de Segurança
.