A jornalista Fernanda Câncio, que namorou com José Sócrates durante parte do período a que respeitam as acusações da Operação Marquês ao ex-governante, quebra o silêncio no que define como um “esclarecimento público” e fala daquilo que sabe sobre a vida do ex-namorado.
CASO JOSÉ SÓCRATES
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- 11 ABRIL, 2016TAMBÉM EM: CRISE NO BRASIL
Num artigo na revista Visão que ocupa nove páginas, a jornalista do Diário de Notícias fala do apartamento de Paris onde José Sócrates morou, do dinheiro que ele gastava e de quem pagava as férias, garantindo que não sabia que o ex-primeiro-ministro vivia à custa de alegados empréstimos do amigo Carlos Santos Silva.
“Se fizesse ideia da relação pecuniária entre Santos Silva e Sócrates teria feito perguntas por considerar a situação, no mínimo, eticamente reprovável”, relata Fernanda Câncio.
A jornalista começa por sublinhar que é com “imensa repugnância e tristeza” que diz ver-se “forçada a fazer estes esclarecimentos públicos”, lamentando ver-se forçada a abordar temáticas da sua “vida privada”.
Em seguida, confirma a vida de luxo de Sócrates, notando que nunca desconfiou da proveniência do dinheiro que gastava por ele lhe ter dito que, após sair do governo, recebia uma avença mensal de 25 mil euros.
“Quando alguém faz um convite para passar férias não é costume perguntar se é essa pessoa que paga ou se é outra, como quando nos convidam para jantar ou almoçar não perguntamos de onde vem o dinheiro”, aponta ainda Fernanda Câncio, assumindo que ficou em “choque” com a detenção de Sócrates.
A jornalista fala ainda das notícias, baseadas nas escutas telefónicas da Operação Marquês, que apontaram que ela e Sócrates terão tido a intenção de comprar um apartamento no Chiado que custaria mais de dois milhões de euros.
Fernanda Câncio refere que ligou “a perguntar, por curiosidade, quando o edifício foi renovado e os andares ficaram à venda”. “Mas, ao contrário do que se quer fazer, nunca sequer o visitei”, assegura.
Sobre o apartamento de Paris, onde Sócrates morou, garante que só soube pela comunicação social que era, na verdade, propriedade de Santos Silva.
“Até então, estava convicta que tal apartamento, que nunca vi e que pensava ser o segundo no qual José Sócrates tinha vivido naquela cidade, tinha sido arrendado a proprietários franceses”, assegura.
ZAP
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