Os
líderes dos países da União Europeia, reunidos pela primeira vez a 27, em
Bruxelas, descartaram a possibilidade do Reino Unido permanecer dentro do
mercado comum europeu sem contrapartidas.
Cinco
dias após a vitória do ‘Brexit’ no referendo britânico, a UE voltou, no
entanto, a rejeitar qualquer negociação antes de Londres apresentar o pedido de
saída do bloco comunitário.
O
Reino Unido só deverá ativar o artigo 50 do Tratado de Lisboa (pedido de saída
da UE) após a nomeação de um novo primeiro-ministro, prevista para 9 de
Setembro.
Segundo
o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk:
“Estamos
determinados a permanecer juntos e unidos a 27. Voltamos a confirmar que a
saída do Reino Unido da UE deve ser metódica, e que não haverá qulquer tipo de
negociação até que sejamos notificados da retirada do país. Os líderes deixaram
claro que o acesso ao mercado comum depende da aceitação de todas as quatro
liberdades, incluindo a liberdade de circulação. Não haverá um mercado comum ‘à
la carte’”.
Se
o presidente francês sugeriu a possibilidade de uma contrapartida financeira
para que Londres permaneça no mercado comum, já a Chanceler alemã preferiu
evitar uma questão sobre o impacto económico do ‘Brexit’.
“A
única previsão sobre o impacto económico que podemos fazer nesta altura é que a
saída do Reino Unido não vai trazer mais crescimento económico. É por isso que
necessitamos de concentrar-nos mais na eficiência e crescimento económico para
compensar as perdas causadas pelo ‘Brexit’”.
As
lições da saída de cena do Reino Unido deverão alimentar o debate sobre a
reforma da UE, durante o próximo Conselho Europeu informal, em Setembro, em
Bratislava.
Em
cima da mesa vão estar temas como a Defesa, o crescimento económico ou o tema
sensível das migrações, quando vários países de leste rejeitam o plano
migratório proposto pela Comissão Europeia durante a crise dos refugiados.
O
primeiro-ministro, demissionário, britânico, David Cameron, tinha-se despedido
de Bruxelas, na terça-feira, apelando a uma reforma do espaço de livre
circulação europeia.
Apesar
de estar “fora” da União e ausente das reuniões do Conselho Europeu, o Reino
Unido parece conseguir permanecer no centro do debate sobre o futuro dos,
agora, 27 estados-membros.
Fonte:
euronews
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