No
ano 2015, as Comissões de Proteção das Crianças e Jovens acompanharam 73.355
crianças e jovens necessitados de assistência em território português, sendo
que 35.627 processos transitaram de anos anteriores.
O
número de processos aumentou ligeiramente em 2015 em relação ao ano anterior:
foram instaurados 30.400, o que reflete um aumento de 44 casos. Mais ainda,
sabe-se agora que foram reabertos 8.328 processos, um número superior a 2014.
O
escalão etário dos 15 aos 21 anos é aquele onde foram acompanhados mais jovens
(25.151), seguindo-se 17.164 jovens entre os 11 e os 14 anos. A faixa etária
dos 6 aos 10 anos teve 15.390 crianças e na dos 0 aos 5 anos foram apoiadas
14.110.
“O
número de crianças e jovens com processos aumenta em função da idade. É no escalão
etário dos 15 aos 18 anos (2.886) que encontramos o maior número de crianças e
jovens com processos reabertos”, pode ler-se no relatório.
As
forças de segurança e as instituições de ensino continuam a ser as grandes
impulsionadoras de alertas às CPCJ. A maioria dos casos posiciona-se em Lisboa,
Porto e Setúbal, com um total de 49,1% dos processos globais do país.
Na
conferência, onde foi apresentado o relatório, a secretária de Estado da
Inclusão, Ana Sofia Antunes, especificou as tipologias de situação de perigo
que chegam às CPCJ e garantiu que a exposição a comportamentos que possam
comprometer o bem-estar e desenvolvimento da criança é o caso mais comum.
Estes
processos representam cerca de 30% das crianças e reportam sobretudo a casos de
violência doméstica. A negligência - com 19,4% - e as situações de perigo por
não frequência escolar - com 17,4% - ocupam o segundo e terceiro lugar,
respetivamente, entre as situações mais comunicadas.
Os
casos em que a criança assume comportamentos que a colocam em risco e os maus
tratos físicos representam 14,5% e 5,2%, respetivamente.
Comparativamente
ao ano de 2014, a governante frisou que primeiros casos aumentaram, enquanto os
segundos e terceiros mantêm uma tendência de descida.
Fonte:
noticiasaominuto
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