quinta-feira, 30 de junho de 2016

SAÚDE DO NORTE EM “COLAPSO FINANCEIRO”


 
Hospital de São João
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A Federação Nacional dos Prestadores de Cuidados de Saúde anunciou que a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte está em “colapso financeiro”, tendo já falhado pagamentos relativos a meios complementares de diagnóstico.
Em resposta, a ARS Norte assume ter tido “alguns constrangimentos de ordem financeira” no início do ano e garante que “grande parte da faturação em atraso já foi liquidada, prevendo-se para breve o pagamento na sua totalidade”.
“A ARS Norte deixou de cumprir os compromissos relativos à faturação de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) do setor convencionado com o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, acusa a Federação Nacional dos Prestadores de Cuidados de Saúde (FNS), num comunicado emitido esta quinta-feira.
Segundo a federação, “a ARS Norte e a Unidade Local de Saúde (ULS) Alto Minhofalharam, em 31 de maio passado, o pagamento às instituições bancárias a que estavam obrigadas” e que financiam as faturas de exames e tratamentos nas clínicas convencionadas.
Na ausência de “qualquer previsão de regularização da situação”, diz a federação que “um dos principais bancos do sistema já avisou as clínicas convencionadas quedeixaria de financiar as faturas da responsabilidade da ARS Norte e da ULS Alto Minho”.
“Isto terá imediatas repercussões dramáticas na tesouraria destas empresas”, defende a federação segundo a qual a situação “poderá pôr em causa o acesso da população à rede de MCDT Convencionados”.
A FNS refere ainda que “todo o setor teme o efeito dominó que poderá fazer perigar, a curto prazo, o financiamento das restantes ARS e fazer colapsar todo o sistema”.
Contactada pela Lusa, a ARS Norte informou que o presidente do Conselho Diretivo “definiu como prioridade do seu mandato a sustentabilidade da Instituição de modo a que nunca fosse colocada em causa a prestação de cuidados aos cidadãos”.
Referiu também ser este o motivo pelo qual pode hoje garantir não só “maior e melhor acessibilidade dos utentes aos cuidados de saúde”, mas também “o cumprimento com os encargos dos mesmos decorrentes”.
A ARS Norte salientou ainda defender a “cultura de proximidade e de diálogo, quer com as instituições que estão na direta dependência do Serviço Nacional de Saúde, quer com os demais prestadores – convencionados e outros com os quais mantém acordos de prestação de serviços”.
/Lusa

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