O historiador alemão radicado em Moçambique Gerhard Liesegang defende que o país africano está refém da tradição de um modelo de governação centralizado, apontando a falta de vontade política como o principal problema nas negociações para a paz.
"Estamos presos a uma tradição de administração centralizada em Moçambique", disse à Lusa Gerhard Liesegang, considerando que o modelo de administração atual não respeita as novas dinâmicas socais e beneficia a elite no poder.
O pesquisador alemão entende que a causa da crise política em Moçambique está na incapacidade de ceder entre as partes, Governo e Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e alerta para as consequências da intensificação das atuais confrontações militares.
Lusa
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