segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Genéricos já são metade dos medicamentos vendidos

Há mesmo farmácias em que os valores estão já acima dos 60% - o número definido como objetivo
 
Metade dos medicamentos vendidas nas farmácias já são genéricos. Os remédios sem marca têm uma quota nacional de 47,4% (percentagem de unidades de medicamentos genéricos no total de medicamentos comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas existem dez farmácias onde os valores são superiores aos 60% e mais de 700 com quota acima dos 50%. A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) lançou uma nova campanha para aumentar as vendas: "De que marca é a sua infeção? Peça genéricos, não torne a saúde mais cara para todos." É a quota de 60% que o governo traçou como objetivo nacional para o final da legislatura.

A venda de genéricos subiu 2,5% no ano passado: mais 1,5 milhões embalagens do que em 2014. Entre as 2793 farmácias do país, 1729 aumentaram o número de embalagens dispensadas em 2014 e 2015. De acordo com os dados do Infarmed, no ano passado foram vendidas 64 milhões embalagens, no valor de 461 milhões de euros, quase mais 1,6 milhões de caixas do que em 2014. Mas em termos de quota de mercado a variação não foi muito significativa.

O objetivo de aumentar a quota foi estabelecido pelo ministro Adalberto Campos Fernandes, no Congresso da Associação Nacional das Farmácias. Contactado pelo DN, o gabinete do ministro da Saúde adiantou que "acabou de ser aprovada em Conselho de Ministros legislação relativa a farmácias comunitárias, em que um dos objetivos primordiais é aprofundar e dinamizar a venda de medicamentos genéricos apostando na confiança e nas vantagens económicas para os cidadãos". Uma das medidas já anunciadas para aumentar a venda destes medicamentos é o pagamento de um valor fixo por cada embalagem de medicamentos genéricos dispensada nas farmácias.


DN

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