segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Os novos capítulos da guerra da Caixa (& o Benfica)

Enquanto dormia
 
David Dinis, Director do Público
24 DE OUTUBRO DE 2016


Há um grande negócio em marcha nos EUA: o gigante norte-americano das telecomunicações AT&T confirmou ter chegado a acordo para a compra da Time Warner, proprietária da CNN, HBO e dos estúdios de cinema Warner Bros. O preço: 78 mil milhões de euros. O problema? É que nem democratas nem republicanos parecem estar a gostar do poder deste gigante.
A "selva" de Calais começou a ser desmontada esta manhã. As autoridades começaram a chegar ao local cerca de 45 minutos antes das 7h00, depois de se terem registado alguns momentos tensos durante a noite. O objectivo das autoridades é enviar os refugiados para centros de acolhimento noutros pontos do país.
O Parlamento da Venezuela foi invadido por apoiantes de Nicolas Maduro, contestando uma decisão que estava a ser tomada contra o chefe de Estado. A maioria anti-Maduro fala de um "golpe". As imagens do El Pais sãopersuasivas.
A guerra no PSOE continua, com um inesperado reaparecimento de Pedro Sánchez. O líder demissionário pôs um texto no Twitter, pedindo aos militantes que "recuperem o PSOE". Ontem, o partido decidiu viabilizar o Governo de Rajoy, numa votação dividida e já desafiada. Esta será uma semana decisiva, para responder a uma dúvida que assalta os socialistas, como já aconteceu por cá: "Abstenção é apoio?". Um belo tema para o nosso Editorial de hoje, no dia em que o Rei tomará a sua decisão.
O Benfica segue imparável, reforçando a liderança com uma vitória por 2-0 no ResteloA má notícia para os encarnados é que o clube está mesmo na mira da PJ - o Jornal de Notícias confirma esta manhã a investigação a prendas suspeitas aos árbitros nos últimos três campeonatos, precisamente os do tri, incluindo vales para restaurantes.
O tema do dia
A Caixa, em vários capítulos. Vamos ao primeiro: depois de ontem termos publicado as respostas do novo presidente da CGD a Passos Coelho, que acusou de faltar à verdade, o líder do PSD respondeu à resposta assim: "Ele atira um bocadinho areia para a cara das pessoas. Se é para isso, não vale a pena pagar aos novos administradores o dobro do que pagavam aos anteriores" (a resposta completa está aqui).
Falando em salários, eis o capítulo dois do dia: ora veja quem defendeu (no Governo de Passos) que os salários da Caixa não deviam ter um limite. Vítor Gaspar, ele mesmo.
E a isto junte esta notícia da Cristina Ferreira: o novo presidente da CGD vai acumular o salário com a pensão do BPI. Curioso é que há um caso precisamente inverso, que é o do actual presidente do Santander (é ler a Cristina e perceber melhor).
A tudo isto, junte a indignação de Marques Mendes, ontem na SIC: a nova lei desobriga os administradores da Caixa de mostrar a sua declaração de rendimentos. O conselheiro de Estado acha "gravíssima" a excepção.
E o que é que há mais?
Uma má notícia: em vez de diminuir, a procura das urgências continua a aumentarE não é pouco, como explica a Alexandra Campos.
Uma boa intenção: a eurodeputada Ana Gomes quer trazer para Portugal uma aldeia iraquiana de 470 yazidi. O Governo português apoia, mas parece que o grego nem por isso.
Um problema (pouco) novo. As operadoras de telecomunicações contornaram a lei contra a fidelização abusiva, quase triplicando o custo de adesão. Os partidos admitem voltar à carga, diz o JN.
Algumas notícias sobre impostos: diz o DN que o "imposto Mortágua" vai atingir o PCP; acrescenta o Correio da Manhã que o património em offshore vai pagar menos com aquele novo IMI; e acrescenta o Negócios que o subsídio para proprietários vai mesmo avançar.
E um aviso do ministro da Economianão há condições para baixar impostos, diz Caldeira Cabral ao Negócios e Antena 1.
E agora uma história que, mesmo lendo, não se acreditamarido e mulher proibidos de voar juntos, mesmo trabalhando os dois na SATA. Os juízes alegam que a segurança dos passageiros pode estar comprometida. 

Hoje é importante...

... Saber se a região belga da Valónia assina o acordo da UE com o Canadá. Se isso não acontecer, Donald Tusk e o primeiro-ministro Justin Trudeau terão de cancelar a cimeira de quinta-feira, em que o acordo deveria ser assinado. O tema é tão complexo como fascinante, pelo que lhe recupero dois artigos sobre a polémica: um pró, de Paulo Rangel; outro contra, de Rui Tavares.
Assim se vê, a força do PCC. O Comité Central dos comunistas chineses reúne-se hoje para entronizar Xi Jinping como o seu líder mais poderoso das últimas décadas. O João Ruela Ribeiro dedicou-se ao tema e explica aqui a arte do poder do líder chinês, há quatro anos visto como um líder fraco.
Por cá, fique atento aos dados da execução orçamental de Outubro, deitando um olhar à evolução dos juros da dívida. Se tudo correr conforme o previsto, eles vão descer, reagindo aos elogios de sexta-feira da DBRS.
Só mais um minuto... 
Daqui para a frente, é como o o fotojornalista do PÚBLICO Paulo Pimenta descreve o projecto que o animou durante 10 anos. Esse trabalho dele vai agora para livro, em homenagem a uma instituição de ensino (muito) especial. E o texto começa assim: "Dias felizes, muitos felizes".
A propósito de felicidade e de jornalistas do PÚBLICO, acho que devia ler a crónica de ontem da nossa Maria João Lopes. Ou, dizendo melhor, "Se tiver objecções à felicidade, não leia isto" (que é o título dela).
E ainda os nossos: a Sibila Lind fez uma autêntica obra de arte, que chegou ontem ao Doc Lisboa. Deixe que lhe apresente este "Como se não existisse nada", que é, de facto, muito.
Por hoje despeço-me, e não me podia despedir melhor. Resta-me desejar-lhe um dia feliz, cheio de boa-disposição. 
Até já!
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