Enquanto dormia
António Domingues e a restante administração da Caixa deve decidir na quinta-feira o que fazer. Segundo o DN, há uma reunião definitiva nesse dia e dela pode sair uma de duas opções: sair ou ficar com algumas baixas.
Enquanto a quinta-feira não chega, aumenta a pressão sobre os administradores da Caixa para decidirem se ficam ou saem. Ontem à noite, Marques Mendes deixou as gentilezas fora do estúdio no seu comentário na SIC: se não quiserem entregar as declarações de rendimento, então "desamparem a loja, saiam da frente".
Alexandre Homem Cristo escreve hoje de manhã no Observador sobre a polémica na CGD: "Centeno legislou ad hominem, para nomear esta equipa de administração da CGD. E isentou-a, a seu pedido, da transparência associada ao exercício das suas funções. É grave e tem de haver consequências".
No caminho para o Mundial-2018, Portugal ganhou ontem à noite por 4-1 à Letónia, mas a coisa não foi tão fácil como parece. A seleção esteve empatada por uns segundos e Ronaldo bisou, falhou um penálti e ainda atirou à trave. Como escreve o Rui Miguel Tovar na crónica do jogo, foram "as passas do Algarve em 132 segundos".
Donald Trump deu ontem à noite a sua primeira entrevista televisiva e anda hiperactivo por estes dias:
- Recuou. No programa "60 minutes", da CBS, mostrou mais uma vez porque é que é imprevisível e pouco preparado: admitiu, tal como tinha feito na sexta-feira ao Wall Street Journal, que afinal vai manter pelo menos dois pontos do programa de saúde de Barack Obama (que, durante a campanha, tinha prometido repelir e substituir, na íntegra);
- Trump também está a pensar duas vezes (ou três, ou quatro) sobre a promessa feita em direto num debate de promover uma investigação especial a Hillary Clinton. Os seus apoiantes passaram toda a campanha a gritar "Lock her up" em comícios e o próprio candidato fartou-se de falar na "Crooked Hillary", mas, afinal, Trump tem coração de manteiga e não quer "prejudicá-la".
- À CBS, clarificou o que vai fazer em alguns pontos: o juiz do Supremo que nomear será antiaborto e pró-armas; não pretende mexer nas leis que permitem o casamento homossexual; e o seu salário como Presidente será de um dólar (o mínimo exigido por lei);
- Na mesma entrevista, prometeu que vai mesmo construir um muro na fronteira com o México (se bem que em algumas zonas poderá ser apenas uma vedação);
- Garantiu que vai expulsar dois ou três milhões (a diferença é de 50%, mas os detalhes parecem ser pouco importantes para o Presidente eleito) de imigrantes ilegais com cadastro (os tais "bad hombres" de que Trump falou num debate, e que se presume que possam ser também mulheres);
- Trump quer que os Estados Unidos se libertem dos Acordos de Paris, que pretendem impedir o aumento da temperatura mundial. O documento entrou em vigor quatro dias antes das eleições;
- Numa demonstração da forma peculiar como vai tratar os assuntos diplomáticos, Trump recebeu já o primeiro político estrangeiro: não foi um Presidente, nem um primeiro-ministro - foi o britânico Nigel Farage, um dos impulsionadores do Brexit.
- O Presidente eleito já nomeou aquele que será o homem mais poderoso da Casa Branca (depois do próprio Trump): o chefe de gabinete do Presidente será Reince Priebus, o líder da máquina do Partido Republicano (ou seja, um homem do establishment). Ao seu lado, como conselheiro especial, estará Steve Bannon, responsável pelo site Breitbart, que fala para a militância mais extremista (ou seja, um homem anti-establishment).
Marcelo Rebelo de Sousa quer poupar no orçamento da Presidência - e quer ser transparente. O Rui Pedro Antunes foi olhar para os números e escreve que, de março até agora, Belém já fez quinze ajustes diretos que custaram 246.382 euros e que incluem a projeção de um filme de Manoel Oliveira, um concerto de Cristina Branco e a compra de um motor para um carro (a alternativa era comprar um automóvel inteiro).
Rui Rio teve ontem à noite mais uma ajuda na sua pré-candidatura a líder do PSD. Na SIC, Marques Mendes avisou que os militantes do partido "são muito pragmáticos": "Se as sondagens disserem que Passos é quem tem melhores condições para enfrentar António Costa, os militantes escolhem Passos; se disserem que é Rio, os militantes escolhem Rio".
Mas, afinal, o que pensa Rui Rio sobre a política e sobre o país? A Rita Dinis foi reler as opiniões de um político que quer mudar o sistema e que acha que a democracia “está doente”.
Vasco Pulido Valente escreve, no seu Diário no Observador, sobre três temas imperdíveis: sobre o livro que revela os deprimentes bastidores da Presidência de François Hollande; sobre a eleição de Donald Trump; e sobre o mistério da Caixa Geral de Depósitos.
Em Espanha, a ameaça de nova crise política: Mariano Rajoy disse em Bruxelas que se o parlamento chumbar o seu orçamento haverá novas eleições. Mais uma menos uma, que diferença faz?
Antes que qualquer uma dessas coisas aconteça, Rajoy recebe hoje em Madrid António Costa.
Lewis Hamilton venceu o Grande Prémio do Brasil (com muita, muita chuva) e, assim, ficou adiada a decisão de quem será o campeão mundial para a última corrida. Nico Rosberg só precisa de ficar em terceiro lugar para ser o novo campeão. Preparem os calmantes.
Os nossos Especiais
"Disseram-me para falar de sexo como se estivesse a fazer um bolo". Marta Crawford é a sexóloga mais conhecida do país e aceitou falar sobre a sua vida. A Ana Cristina Marques fez-lhe perguntas sobre tudo - e ela respondeu.
Em Canelas, Vila Nova de Gaia, há dois padres e duas missas. As pessoas estão divididas desde 2014, quando se deu uma mudança tumultuosa de padres. A Sara Otto Coelho esteve em Canelas e falou com todas as pessoas envolvidas e conta os detalhes de uma história complicada.
Notícias surpreendentes
Chama-se “The Last Family” e conta a história verdadeira de um pintor surrealista polaco nascido em 1929. Realizado pelo polaco Jan P. Matuszynski, o filme venceu o Prémio de Melhor Filme e o Prémio Revelação do Lisbon & Estoril Film Festival.
Já se sabe que a arte urbana pode mudar uma cidade - mas, mesmo assim, estas fotos impressionam. Em vez do cinzento, a cor; em vez do 2D, o 3D; em vez da chatice, a alegria.
A fotógrafa italiana Ell Costi não olha para os edifícios por fora, mas por dentro. E não procura sinais de renascimento, pelo contrário: o que ela quer mesmo é tirar fotos de prédios abandonados. São casas, hospitais, escolas e igrejas como raramente as vê.
Parem tudo: vem aí a grande Elza Soares. A brasileira canta no Porto, em Aveiro e em Lisboa, mas, antes, falou com a Rita Cipriano sobre a sua vida. E acabou com um pedido: “Deixe-me cantar, que eu quero cantar até ao fim”.
E agora que sabe tudo o que se passa no mundo, já se sente pronto para enfrentar mais uma semana? No Observador, vamos passar o dia a actualizar toda a informação - só precisa de vir ter connosco aqui.
Até já!
Mais pessoas vão gostar da 360º. Partilhe:
no Facebook no Twitter por e-mail
Leia as últimas
em observador.pt
Subscreva
as nossas Newsletters
Nenhum comentário:
Postar um comentário