As autoridades russas estão a trabalhar em sete hipóteses diferentes para determinar as causas do acidente que envolveu o avião militar que caiu no domingo no Mar Negro este domingo, e uma delas é a de atentado terrorismo.
Segundo revelou esta quinta-feira o Ministério da Defesa da Rússia, a hipótese de um acto de terrorismo é uma das que está a ser considerada como causa da queda, este domingo, de avião militar russo Tupolev Tu-154.
Embora os dados recolhidos pelas caixas-pretas permitam concluir que não houve explosão a bordo da aeronave, está a ser considerada a possibilidade de falha mecânica provocada de forma propositada.
“Após uma primeira análise das caixas-pretas, concluímos que não houve explosão a bordo. Mas, além de uma explosão, poderia haver uma ação mecânica de qualquer tipo”, disse o chefe de segurança das Forças Aeroespaciais da Rússia, Sergei Bainetov, citado pela agênca EFE.
“Um atentado terrorista não tem que estar necessariamente associado a uma explosão a bordo”, explicou Bainetov.
“Cada acidente aéreo tem muitos aspectos. As causas podem ser apontadas tanto a um factor humano, como a aspectos técnicas ou às condições externas”, afirmou o militar.
No início das investigações sobre as circunstâncias do acidente, a comissão governamental trabalhava com mais de 15 hipóteses para o ocorrido. No entanto, após uma primeira análise das duas caixas-pretas, as possibilidades foram reduzidas a 7, entre elas a de atentado terrorista.
As primeiras conclusões oficiais sobre as causas da tragédia só serão conhecidas dentro de um mês.
A primeira análise à caixa negra do avião, encontrada esta terça-feira, apontava para erro humano.
No entanto, as autoridades confirmaram que houve um falha técnica instantes antes da queda do avião no mar.
“É óbvio que houve um falha técnica, mas as suas causas devem ser esclarecidas pelos especialistas”, disse o ministro dos Transportes da Rússia, Maxim Sokolov.
O Tu-154 militar russo caiu nas águas do Mar Negro instantes após partir do aeroporto da cidade de Sochi, onde tinha feito uma breve escala para reabastecer combustível.
A bordo da aeronave viajavam 64 membros do Coro do Exército Vermelho da Rússia, 9 jornalistas, 8 militares, 8 tripulantes, 2 funcionários e a famosa médica Elizaveta Glinka.
ZAP //
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