sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Sem decisão à vista no Novo Banco (& uma prenda para terminar o ano)

Enquanto dormia
 
David Dinis, Director do Público
Bom dia!
Obama anunciou sanções à Rússia - e Trump não quer saberO ainda Presidente falou de "interferência" de Moscovo nas presidenciais, mas o Presidente que se segue diz que é preciso "seguir em frente". O Kremlin, claro, prometeu já retaliação.
Ronaldo recusou uma proposta de pôr olhos em bico. Eram 100 milhões por ano, 300 milhões para o Real Madrid. Vinha da China, "mas o dinheiro não é tudo", garantiu o empresário do jogador português.
O Benfica despediu-se de 2016 com um golo argentino e uma vitória - somando 44 ao longo de todo o ano. Quanto ao F.C. Porto, continua a ter uma relação difícil com a Taça da Liga. 

As notícias do dia  

O último relatório não recomenda comprador para o Novo Banco. O ano passará sem que o Banco de Portugal entregue um vencedor, sendo já certo que Carlos Costa terá que entregar uma lista com a análise dos prós e contras de cada proposta e um leque de opções para o Governo decidir. A Cristina Ferreira tem os últimos dados e conta-nos como está o dossiê mais quente do início de 2017.
E como se não bastasse, ainda há isto: um grupo de lesados do GES pede aos tribunais que suspendam a venda do banco

Um dossiê explosivo entre Portugal e Espanha. O Governo de Rajoy decidiu avançar com a localização de armazéns de resíduos nucleares a 100 quilómetros da fronteira, mas sem falar com António Costa ou fazer as avaliações ambientais necessárias. O Executivo português decidiu apresentar queixa formal junto da Comissão Europeia. O ministro dos Negócios Estrangeiros diz que está criado "um problema de confiança" entre os dois países, escreve a Bárbara Reis.
Outro problema, de natureza diferentea gripe e o frio já estão a provocar mais mortes do que seria de esperar.
E mais um: já há lei para as mulheres sozinhas que queiram engravidar com PMA. Acontece que os centros públicos não têm esperma em reserva que permita dar-lhes uma solução. A Catarina Gomes explica.
Uma má notícia para 60 mil famílias: o Fisco está a cobrar contas de IMI em atraso desde 2012, que muitos nem sabiam existir. A notícia é do Dinheiro Vivo.
Um prémio justo, com factura para as câmaras: a subida do salário mínimo vai afectar dois terços dos auxiliares das escolas, que estão a cargo das autarquias, diz o DN.
Da política, sobram três polémicas: uma sobre o aumento de portagem e passes sociais, contestado pelo PCP; outra sobre o esquecimento do Norte, lançada por Rui Moreira; e mais uma sobre um favorecimento de câmaras socialistas, que está na mão de Marcelo. Mas também sobra uma dúvidaMarcelo e Passos fizeram as pazes?
A propósito do PSD, registe o que diz o Expresso: Rui Rio só aceita um congresso extra se Passos desistir. 

Boas leituras, antes que o ano acabe
  •  As propostas do economista que quer tirar a Itália do euro. Claudio Borghi é o homem que a Liga Norte e o movimento 5 Estrelas têm a preparar o seu plano económico. E esse plano passa mesmo pela saída da moeda única. A Sofia Lorena conseguiu falar com ele, que garante estar preparado para os riscos: "Como em tudo, há riscos de execução. Mas por um lado temos riscos de execução, do outro temos a certeza do desastre". A entrevista passa pela banca, por Itália e pela banca, claro. Na edição do dia, temos também uma infografia especial, com um mapa que nos guia pelos partidos que não gostam desta Europa.
  • Do Ípsilon de hoje, tenho de lhe falar de Emir Kusturica. Porque ele voltou esta semana, com um filme que mostra como "o cinema é um milagre", nas palavras bem escolhidas pelo Augusto M. Seabra. E porque, na década de 1990, Kusturica fez parte da última geração de cineastas mundiais reconhecidos pela crítica e público como “autores”. Mas "duas décadas depois, o que resta dessa geração?", pergunta (e responde) o Jorge Mourinha.

Mas hoje temos mais uma prenda para si, uma edição especial do P2, que habitualmente lhe trazemos ao domingo. 
E daí trago-lhe já três textos:

  • Como ensinar os jovens a lidar com as ofensas nas redes sociais. A reportagem da Joana Gorjão Henriques é mesmo sobre o ódio na internet - e sobre como os mais novos lidam com ele. Com o pretexto de um manual que nos ajuda nessa missão dos tempos modernos.
  • O mundo em que o fascismo triunfou. Aqui está uma alternativa, para ver no fim-de-semana: com a Amazon Prime disponível, os portugueses já podem ver as duas temporadas de O Homem do Castelo Alto, um exercício de história alternativa em que o Japão e a Alemanha ganharam a II Guerra Mundial. O Marco Vaza conta como é.
  • Tunísia, o terror escondido na democracia. É o único país que conseguiu estabelecer uma democracia no rescaldo das revoluções da Primavera Árabe. Mas é também a pátria do maior número de guerrilheiros do Estado Islâmico e de alguns dos terroristas que atacaram a Europa. O que parece contraditório tem uma explicação, explica-nos o Tiago Carrasco. 

Hoje acontece
  • O INE dá conta do índice de produção industrial, o último indicador sobre a economia que sai ainda em 2016.
  • A bolsa vai para a última sessão do ano, mas com previsível fraca liquidez. O arranque estava a perder 0,2% - somando perdas de 12% face ao início do ano.
  • O Sporting despede-se de 2016 em casa. Joga contra o Varzim para a Taça da Liga.

Um último minuto para...

... lhe falar de um casal que veio do Canadá. A história começa assim: "Trabalharam anos a fio, mais de 12 horas por dia, sete dias por semana, sem quaisquer férias, enquanto criavam os dois filhos, muitas vezes levados a reboque para o escritório." Hoje, os filhos deles têm 24 e 29 anos. E eles os dois viajam pelo mundo, sempre ficando em hotéis de luxo. Esta semana estão em Lisboa - e a Fugas conta a história deles, que nos deixa a sonhar.
E agora? Pronto para entrar com o pé direito em 2017? Vamos lá, é só escolher a pista de dança, alternativas não faltam.
Se quiser ficar por casa, passe pelo Inimigo Público: a melhor maneira de nos despedirmos deste 2016 é com uma sonora gargalhada.
É isto que lhe digo agora. Rir, sorrir, divertir. Na segunda-feira aqui estaremos, prontos para uma nova etapa.
Ano bom, muito bom!
Até já!

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