sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

MARTINHO JÚNIOR, MAIS UM LIVRO: “SÉCULOS DE SOLIDÃO”

Martinho Júnior, um companheiro que jorra prosa com a clarividência exposta também aqui no Página Global. Um angolano de todos os costados. Um patriota que deu a sua parte do couro e o cabelo na luta pela libertação de Angola. 

Martinho Júnior, um apreendedor de registos de muitas das fases da luta de libertação dos povos de África, dos povos de todo o mundo e da luta contra o capitalismo, contra o neocolonialismo e as atuais estratégias em curso do neoliberalismo. A maioria documentada e também incluídas no Página Global e no Página Um (agora inerte) – já lá vão cerca de 10 anos que estamos ligados a MJ. Temos essa honra e orgulho.

De Martinho Júnior mais um livro: “Séculos de Solidão” (dos anteriores teremos de um dia fazer o que devemos no PG, apresentá-los)

Tome nota e não perca mais este trabalho literário e histórico da dupla Martinho Júnior/Leopoldo Baio.

MM / PG

MAIS UM LIVRO EM QUE MARTINHO JÚNIOR É CO-AUTOR (1ª EDIÇÃO EM PREPARAÇÃO, A CARGO DO CAMARADA LEOPOLDO BAIO)

SÉCULOS DE SOLIDÃO

Da longa noite colonial à democracia multipartidária

Cronologia histórica baseada numa pesquisa analítica

Martinho Júnior/Leopoldo Baio

APRESENTAÇÃO

O “Actual” publicou, desde o ano 2002, uma série de artigos em que, fruto de investigações, abordavam temas que mantém – se historicamente actuais e manter-se-ão em aberto, pois de acordo com a nossa óptica, para muitos pouco ortodoxa, mas “actualizada” e verificável, de abordarmos a conjuntura Global, parece-nos justo realçar que, os vínculos multifacetados da aristocracia financeira Mundial, em direcção à conjuntura da África Austral e Central, estão longe de esgotarem o espaço crítico de opinião que merecem, pelo rasto que eles têm deixado na vida, na morte e na sorte de milhões de seres de toda a vasta Região da África Sub Sahariana e em nós próprios.

O Estado Angolano, particularmente após o enfraquecimento dos seus instrumentos de poder, a partir de 1985, começando pela desarticulação dos seus serviços de segurança, não pôde escapar à regra e tem sido alvo das mais variadas manipulações e ingerências, agravadas durante praticamente toda a década de 90 do século XX, pela lógica da guerra em que não teve outra alternativa senão envolver-se, de que muito dificilmente tem encontrado saída, à custa de cedências de que ainda se nos afigura prematuro completamente avaliar.

Saliente-se que uma das mais comoventes e impressionantes memórias das Nações e dos Povos, são aquelas que se referem à consolidação de sua identidade e soberania, quase sempre interligadas com feitos que marcaram indelevelmente a sua História, por vezes também, a História da própria Humanidade.

De facto, a história Contemporânea deste País, é pródiga de momentos extraordinariamente marcantes, também para se levar por diante o sentido de liberdade que beneficia a própria História da Humanidade, não só se levarmos em conta os antecedentes remotos da História de África, como também o significado dos últimos anos, do que o Ocidente convencionou chamar de “Guerra Fria”, no que isso pesou para o fim de regimes retrógrados, racistas e sanguinários brancos, conforme aquele que se havia instalado na África do Sul.

Para muitos daqueles que não viveram, pelas mais variadas razões, o conturbado processo Angolano, “é esse o preço da Democracia”, um preço que não nos parece nem justo, nem corresponder inteiramente à verdade: de facto, é esse o preço imposto em parte por “lobbies” muito especiais, que se ligam à exploração das riquezas do Continente, no caso de Angola do petróleo e dos diamantes.

Esta obra que chega às suas mãos e que dividida em 13 Capítulos procuramos tornar extremamente prática e de fácil leitura, em que factos históricos são apresentados acoplados de pequenas análises dos autores e que acreditamos necessitar de uma mente aberta para que não se caia na ladainha das teorias de conspiração, mas sim, deve ser estudada com boa vontade, tratando-se da busca da nossa contribuição ao entendimento das história recente de Angola.

Os Autores

Imagens: 
1 - Martinho Júnior, na Embaixada de Cuba em Luanda, assinando o livro de honra das condolências pelo falecimento do companheiro Fidel Castro.
2 - Actual nº 398, de 05-06-2004.

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