O presidente das Filipinas ameaçou atirar funcionários públicos corruptos para fora de um helicóptero em pleno voo, dizendo que já o fez uma vez e que não tem problemas de o voltar a fazer.
“Se forem corruptos, apanho-vos num helicóptero de Manila e atiro-vos borda fora. Já o fiz antes, porque é que não o voltaria a fazer?”, disse Rodrigo Duterte.
A ameaça foi feita na passada terça-feira, quando o presidente das Filipinas discursava perante as vítimas do tufão xx, que atingiu o país durante o Natal.
Não se sabe ao certo se o episódio do helicóptero terá mesmo acontecido. Questionado sobre o tema pelos jornalistas, o porta-voz de Duterte, Ernesto Abella, preferiu chamar este caso de “mito urbano”, escusando-se a dar mais pormenores.
Há algumas semanas, o chefe de Estado filipino admitiu igualmente ter matado várias pessoas enquanto foi autarca da cidade de Davao, cargo que ocupou durante 22 anos, mas que esses homicídios aconteceram sempre durante operações policiais legítimas.
Edgar Matobato, um dos filipinos que fez parte dos chamados “esquadrões da morte” da Duterte, já tinha denunciado o presidente, acusando-o de ter liderado os grupos armados que foram responsáveis pela morte de milhares de pessoas entre 1988 e 2013.
Estas acusações chegaram mesmo à Justiça de Manila mas provavelmente não vão ver resultados porque o presidente está protegido pela imunidade política.
Desde que tomou posse como presidente das Filipinas, em julho deste ano, Duterte tem levado a cabo uma campanha de combate às drogas, sugerindo aos próprios civis que façam justiça com as suas mãos contra os traficantes.
Vários senadores já avisaram que o presidente pode vir a ser destituído por causa deste tipo de declarações e o enviado da ONU para os Direitos Humanos já exigiu uma investigação ao chefe de Estado.
Como resposta, Duterte chamou-o de “estúpido” e “idiota”, um vocabulário que já começa a ser habitual no Presidente que desafia tudo e todos, incluindo Barack Obama e o Papa Francisco.
// ZAP
Comentário: se esse modelo de combate contra a corrupção entra na moda, em Portugal duvido que se aplique, porque por cá não se passa nada... tudo limpinho.
J. Carlos
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