terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

CGD embrulhada, Novo Banco desembrulha-se (& a análise ao mês um de Trump)

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Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Trump explicou o ataque terrorista que inventou na Suécia“Vi na Fox News”, disse ele (e já voltamos a ele).
Um ex-banqueiro vai à segunda volta no Equador. As eleições de ontem ditaram uma disputa entre o vice-presidente e um crítico da "revolução cidadã".
Um grande negócio ficou pelo caminho. A Kraft-Heinz desistiu da Unilever, deixando cair uma proposta de fusão avaliada em 143 mil milhões de dólares.
Mitroglou desencantou três pontos em Braga. Sim, o Benfica ganhou, superando um teste duro e garantindo o regresso à liderança do campeonato. Foi tão difícil quanto saboroso, como descreve o Tiago Pimentel. Lá por fora, há resultados de Mourinho, da Juventus (adversário do Porto depois de amanhã) e do Barcelona.

As notícias de hoje 

A Caixa continua embrulhada. Na segunda comissão de inquérito, a direita admite ouvir Costa, mas poupa Marcelo. No último sábado, a Liliana Valente fez um trabalho indispensável para perceber a confusão em que se meteu o Governo. Chama-se "os três problemas que põem em causa o 'erro de percepção' de Centeno".
O Banif ainda embrulha. Os "lesados do Banif" estão a recolher queixas para provar venda abusiva, conta o Márcio Berenguer.
O Novo Banco desembrulha-se (aparentemente). O Negócios diz hoje que o Governo já negoceia apenas com o Lone Star - e que vai começar conversações em Bruxelas. Ontem, Marques Mendes deu novas dicas sobre a proposta final: o fundo americano assume 65% do banco, 25% ficarão no Fundo de Resolução, até 10% será de empresas nacionais e haverá mil milhões para recapitalizar o banco. As negociações com Bruxelas terão a ver, cruzando as informações, com a posição do Fundo de Resolução (que está impossibilitado de ficar com o banco depois de Agosto).
A caminho de boas notícias está a CP. A empresa pública começa a dar contas positivas, só que continua presa por uma dívida enorme.
Ontem fugiram três presos de Caxias. Os sindicatos dizem que a culpa é da falta de guardas prisionais
Só 15% dos condenados estão na base de dados de perfis de ADN. O novo presidente do Instituto de Medicina Legal diz que chegou a hora de mudar a lei para a tornar eficaz, cruzando os dados com outras polícias europeias.
O novo mapa judicial obrigou a mudar outra lei. Ao caso, a lei eleitoral autárquica. É que os partidos e independentes já não sabiam onde entregar candidaturas.
As secretas não sabem por onde anda António Costa. Diz o DN que o primeiro-ministro não avisou os serviços de informação sobre a sua viagem à República Centro-Africana.
O IMI é território perigoso. Lembra o Negócios que a factura de Abril, para comércios e serviços, vem mais alta.
E agora mais esta: Junta da Estrela e empresários andam aos "coices"por causa da Feira do Cavalo. Há dívidas por pagar, protocolos que ninguém viu assinados e muitas contradições. Vai tudo acabar em tribunal.

Um mês de Trump

Isso, já lá vai um mês - que pode bem ser medido numa linha de cuidados intensivos, que hoje desenhámos nas primeiras páginas do PÚBLICO, acompanhando dez momentos de sobressalto para a América e para o mundo. Em Washington, manda um Presidente indisciplinado que não consegue manter a ordem. O que para nós, à distância, parece uma loucura, para os seus apoiantes pode resumir-se nesta reacção de um dos seus apoiantes: "uau!". E de tudo isto, o que devemos reter? Aqui vão três sugestões mais:
  • Donald Trump: Jacksonianismo à John Wayne. Tiago Moreira de Sá e Diana Soller ajudam-nos na análise a um mês que se podia resumir a uma frase célebre do filme O Atirador, onde Wayne representa um pistoleiro no fim da vida e determinado a morrer com dignidade.  Curioso? É essa a ideia.
  • Os limites do poder de Trump. Aqui entra o nosso Jorge Almeida Fernandes, explicando como o primeiro mês do mandato nos mostrou os limites do poder do Presidente. "Os célebres checks and balances funcionaram." Mas não vai ser fácil batê-lo, avisa.
  • 47 formas de resistir a Trump (e só passou um mês). Falando em checks and balances, a Bárbara Reis explicou no P2 como a luta contra a Administração se serve em doses e pratos variados. Da justiça às manifestações de rua, passando por brincadeiras na praia, há dezenas de formas de resistir. No primeiro mês, encontrou 47.

Hoje na agenda
  • Marcelo regressa à TVI por um dia. O mote é o aniversário da estação - e desta vez Marcelo vai ser o alvo dos comentários.
  • O Banco de Portugal divulga dados sobre o endividamento do sector não financeiro e o financiamento das administrações públicas.
  • O Parlamento britânico discute uma petição com quase dois milhões de assinaturas, pedindo que Donald Trump não vá ao Reino Unido.
  • Ao mesmo tempo, a Câmara dos Lordes pronuncia-se sobre o Brexit (que também tem que passar por ali para avançar). Em Bruxelas, conta o Vasco Gandra, já há funcionários britânicos a pedir outra nacionalidade.
  • O Eurogrupo reúne-se, com um ponto quente de volta à agenda: a capacidade da Grécia de pagar as suas dívidas.

Um último minuto 

Eis uma bela história para ler: Este manuscrito de um rei mostra que um príncipe também pode ser enganado, conta-nos a Lucinda Canelas, naquele jeito dela. E começa assim: "O duque de Saxe-Coburgo-Gotha foi um homem de sorte porque 'viveu dois grandes amores'". O resto está aqui.
E uma bela exposição para ver: Basquiat Before Basquiat o que fazia o artista icónico antes de se focar na pintura. Está até Maio no Museum of Contemporary Art, em Denver. E fica para sempre aqui em publico.pt.
É em maré criativa que começamos a semana, que esperamos recheada de boas notícias. A si, desejamos o melhor dos arranques. A todos, desejamos um dia feliz e produtivo. 
Vá passando por cá, gostamos de o receber. Até já!

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