terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Uma exibição cinzenta… muito cinzenta!

Quem assim entender, bem pode achar que o título desta crónica é uma analogia ao nome do adversário de ontem do Domus Nostra, o Casal Cinza. Mas, na verdade não é!
O que se viu no pavilhão de Portomar na tarde de sábado dá o que pensar: onde foi parar aquela equipa aguerrida, batalhadora e forte anímicamente que fazia o público vibrar até ao fim? onde estão aqueles jogadores que levavam ao rubro uma massa associativa orgulhosa do que via?
São questões preponderantes neste momento que exige, mais que treinos, uma reflexão clara, isenta e necessariamente aberta entre todos os que compõem o balneário desta equipa que, convém não esquecer, milita na segunda divisão nacional tendo, para isso, passado pelos distritais - onde o suor da camisola a cada encontro acabado, era a maior prova do amor ao clube!


Não podemos ser radicais, passando do oito ao oitenta. Quer isto dizer que eles não passaram de fortes fracos! Na sua grande maioria são os mesmos e ninguém jamais pode esquecer aquilo que já deram ao clube. Mas - existe sempre um "mas" - ninguém está acima das críticas, nem das considerações mais ou menos alegres e sinceras de quem analisa de fora uma partida ou um campeonato inteiro!
O que se viu ontem no Cabanão foi mais do mesmo: uma equipa - com raras e honrosas exceções - sem chama, sem entrega total e incondicional. O que se viu é o que se tem visto tantas vezes: uma partida contra uma equipa do seu campeonato e onde, por pouco - muito pouco - não se entregou um ponto ao adversário que na penúltima jornada da primeira fase... não tem ponto algum!

Em pouco tempo já estava 2x0 para o Domus. Mas, daí para a frente, até ao final da primeira parte, bem se podia ter ficado pelo empate, não fossem duas excelentes intervenções de Rafa, quando já estava em 2x1.
segunda parte foi totalmente do Domus que insistia em falhar golos das mais variadas e absurdas formas. Veio o 3x1, sim... mas, nem assim veio o 4x1, o 5x1 ou sabe-se lá o que mais! O que veio foi um inesperado golo dos visitantes a cerca de 30 segundos do fim, o que galvanizou totalmente o Casal Cinza e mostrou o atual momento do Domus Nostra! Com o credo na boca, foi muito longo o tempo que durou aquele meio minuto que faltava para soar o gongo...
É preciso urgentemente saber, entre eles mesmos, o que se passa. É preciso que Cláudio Cruz e Zé Pequeno consigam trazer de volta o espírito do Domus Nostra ao fundo da alma daqueles rapazes. Por que ainda há tempo: há mais um jogo e depois, a segunda fase toda, onde pode aparecer o Domus que todos esperam. Se assim não for, dificilmente conseguirão atingir o objetivo da manutenção!

Por fim, fica a imagem do momento em que, depois da partida, os jogadores fizeram o seu grito de guerra. Eles devem ter percebido bem que os aplausos pela vitória não foram fortes, nem intensos, nem longos como costumam ser. Foram curtos e tristes, vindo de um público que jamais lhes regateia apoio e carinho. Mas, o 3x2 final de ontem significou a mais elementar e triste consciencialização de que há derrotas que dão muito mais gozo aos aficionados que vitórias como esta...

Mira Online

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