terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Como é que o Fisco deixa fugir 10 mil milhões para offshores (sem fiscalizar)?

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Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Na Austrália, uma avioneta caiu num centro comercialPor sorte, o centro ainda não tinha aberto as lojas.
A NASA preparou-nos para uma nova descoberta. E marcou para amanhã uma conferência de imprensa sobre planetas fora do sistema solar.
A polícia brasileira não larga Lula e Dilma. Num relatório de 47 páginas enviado ao Supremo Tribunal Federal, a PF acusa os dois ex-Presidentes de terem praticado o crime de tentativa de obstrução da Justiça através da nomeação de Lula da Silva para o cargo de ministro da Casa Civil, feita em 2016 por Dilma Rousseff.
Donald Trump não pára de nos dar notícias: na versão séria, o Presidente nomeou um táctico militar para conselheiro de segurança; na versão louca, recebeu um plano para a paz de um obscuro deputado ucraniano; na versão twitter, recebeu o merecido - uma maré de sátira com "o que se passou na Suécia na noite passada" e um reality check. Mais a sério, a nossa Teresa de Sousa escreve hoje sobre a visita do vice-Presidente Pence à Europa - e pôs-lhe um título delicioso: "O Presidente Trump manda cumprimentos".

As notícias de hoje 

Esta é a nossa manchete de hoje: o Fisco deixou sair 10 mil milhões para offshores sem vigiar transferências. Sim, são 10 mil milhões de euros em apenas 20 transferências para fora do país em pleno período da troika que "não foram objecto de qualquer tratamento", admitem as Finanças, que agora mandaram a Inspecção-Geral analisar o que se passou. Mas há mais: em 2015, as transferências para offshores duplicaram, como mostram os dados oficiais, a que o PÚBLICO teve acesso. E agora digo eu, no Editorial de hoje"Não, não é preciso ir aos papéis do Panamá, nem aos do Luxemburgo. Afinal, há papéis em Lisboa que ainda precisam de esclarecimentos. E dos bons".
E agora esta: Marcelo diz que Centeno fica por causa... da lição de Vítor Gaspar. Pois, isso, ele mesmo. Gaspar e também os desafios difíceis que o país tem pela frente com Bruxelas. O Presidente explicou assim.
Uma das missões Centeno é o Novo Banco. Que o ministro ontem admitiu não vender a 100%. A Cristina Ferreira explica o que ainda prende a venda do banco à Lone Star (que é um modelo de negócio que, na prática, não deixa de ser uma partilha de risco com o Estado). Quem não está a gostar muito do comprador é a esquerda.
A esquerda também não gosta do imposto sobre combustíveis. E o tema pode bem juntar a direita, numa espécie de cerco ao PS
E depois ainda há a Caixa. Hoje a comissão de inquérito em curso decide se avança ou acaba de vez, com um dado novo entregue por Cavaco Silva: o ex-Presidente diz que Sócrates interferiu num negócio da CGD, pedindo à administração uma garantia para uma empresa que se candidatou a uma PPP. Quanto à comissão prometida (sobre Domingues e Centeno), os socialistas estudam a Constituição à procura de argumentos para a travar, conta o DN.
Mudando de assunto, saiba que...
E há ainda uma entrevista a um candidato à Presidência do Sporting, com este título: “Sempre fui muito antibenfiquista. É um sentimento que nasce connosco”.

Para ler com prazer

As novas galerias a caminho da Arco. A Isabel Salema faz-nos uma visita guiada pelas 13 galerias que vão estar na Arco Madrid a partir de amanhã. E há vários sinais de uma recuperação pós-crise.
A União Soviética de José Milhazes. Chegou a Moscovo como estudante, saiu de lá como jornalista. Nas quatro décadas que durou a aventura, viu ruir o comunismo, viu a URSS dar lugar à Rússia, chegou com Brejnev e saiu com Putin. José Milhazes fala do seu livro As Minhas Aventuras no País dos Sovietes e do que o motivou. O texto é do Nuno Pacheco.
E como é que se resumem 40 anos de Justiça? Com a ajuda de muitos dados e de bons especialistas. A Ana Dias Cordeiro falou com dois deles, mostra-nos os gráficos e conclui que a nossa sociedade ficou mais justa, mas não mais solidária.
E na opinião? O que temos hoje? O João Miguel Tavares a dizer que temos um Governo espectacular (com ponto de exclamação e muita ironia); Paulo Rangel a falar dos fantasmas de Trump e Hillary em... São Bento; Manuel Loff a defender a esquerda do "ressentimento" da análise política; Bagão Félix a falar de um novo eufemismo na política portuguesa; e os socialistas Gianni Pittella e Maria João Rodrigues a pedir resposta aos nacionalistas europeus.

Hoje na agenda
  • A comissão de inquérito à Caixa reúne-se, decidindo se (e como) vão continuar os trabalhos.
  • O ministro do Trabalho é ouvido na Comissão de Trabalho e Segurança Social sobre o relatório da OCDE que pedia mais reformas.
  • O Banco de Portugal dá pistas sobre o estado da economia. Os mais importantes serão os indicadores de actividade económica, mensal e trimestral.
  • Uma dupla portuguesa vai à London Fashion Week, apresentar a nova colecção outono/inverno. 

Só mais um minuto 

Para lhe dizer que está aí o Restaurant Week. São mais de 100 restaurantes, em dez distritos, para experimentar por 20 euros/pessoa. As reservas são feitas a partir desta tarde - até mesmo a partir do seu smartphone. A Bárbara Wong explica-lhe como.
Para entrar em contagem decrescente para os Óscares, com um primeiro vídeo mostrando cenas das candidatas a melhor actriz secundária, uma gentileza da Cláudia Alpendre Marques.
E para lhe mostrar o mundo em 360º. Vá, ainda não é o mundo todo, mas aqui no PÚBLICO já mostramos o novo Cais do Sodré, um teatro especial na Mouraria e uma distribuição especial para a pequenada, só para dar alguns exemplos. Clique aqui e experimente - é mesmo um mundo novo.
Mundo novo é o que começa agora mesmo, com o dia a começar. Tire o melhor proveito dele, com um sorriso nos lábios. É sempre mais fácil assim.
Nós encontramo-nos por aqui, a toda a hora. Até já!

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