quarta-feira, 12 de abril de 2017

360º - Confronto com Dijsselbloem foi estratégia, coragem ou "palhaçada"? E ainda as novidades sobre as explosões em Dortmund

360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
O jogador Marc Bartra foi operado ontem à noite a um braço depois de ter sido atingido por vidros na sequência de três explosões que apanharam o autocarro do Dortmund. E a polícia ainda está a investigar a autoria de uma carta que reivindica o ataque. O jogo c0m o Monaco, para os quartos de final da Champions, foi adiado para hoje. Vão ser 90 minutos tensos.

As fotos dos primeiros momentos depois das explosões mostram os futebolistas a serem escoltados por polícias fortemente armados e adeptos solidários no estádio.

Fora do estádio também houve solidariedade. Depois do apelo do clube, vários adeptos do Dortmund abriram as suas casas aos do Monaco que, por causa do adiamento do jogo, não tinham onde ficar.

Os jornais desportivos dividiram-se entre as explosões em Dortmund e a derrota pesada do Barcelona frente à Juventus, como mostra esta fotogaleria da Marca.


Informação relevante
Estratégia, coragem ou “palhaçada”? Mário Centeno diz que estava demasiado ocupado para ir à última reunião do Eurogrupo e o secretário de Estado Mourinho Félix foi sozinho criticar Dijsselbloem. O Rui Pedro Antunes tentou perceber se por detrás do duelo que as câmaras apanharam há um cálculo politico ou apenas uma tentativa de mostrar serviço.

O Programa de Estabilidade e o Plano Nacional de Reformas devem ser aprovados amanhã em Conselho de Ministros e o objectivo é evitar alarmar Bruxelas. Por isso, o governo já disse aos partidos que vai manter o crescimento que estimou há um ano. Já a esquerda, diz que o que conta é o Orçamento.

Sem medidas extraordinárias, o défice público de 2016 teria ficado em 2,5%. análise do Conselho das Finanças Públicas, de Teodora Cardoso, explica os números tintim por tintim.

Só uma nota de agenda. Hoje vai ser um dia agitado de discussão à volta da economia no Parlamento: Mário Centeno está na Assembleia às 10h, o debate quinzenal com o primeiro-ministro começa às 15h e ao final da tarde Paulo Macedo, da CGD, responde aos deputados.

O Governo “perdoou” mesmo metade do empréstimo à banca, como acusou Passos Coelho há dias? O Edgar Caetano foi olhar para os números todos e escreveu um Fact Check esclarecedor.

O assessor de imprensa de Rui Moreira deixou uma frase aos partidos que apoiam a recandidatura do autarca: "Não vamos ter jobs for the boys na Câmara do Porto, e isto é tanto para o PS como para o CDS". As declarações foram feitas ao Público.

As jornadas parlamentares do PCP acabaram com duas novidades. A primeira: os comunistas querem fazer um referendo sobre a regionalização no primeiro trimestre de 2019. A segunda: o partido vai apresentar em maio um projeto de resolução sobre "a renegociação da dívida, a libertação do país da submissão ao euro e o controlo público da banca".

Em entrevista ao Observador, João Oliveira, líder da bancada do PCP, deu o exemplo de um país que, na sua opinião, "foi um sucesso na renegociação da dívida": o Equador. Alternativas à União Europeia? Simples: Brasil, Rússia, Índia e China.

Os médicos marcaram uma greve para 10 e 11 de maio.Motivos, segundo o presidente do Sindicato Independente dos Médicos: "Por um lado todas as empresas públicas empresariais estão a receber as horas extra a 100% desde o dia 1 de janeiro, à exceção dos profissionais de saúde. Por outro, o Governo cria agora outra discriminação, prevendo apenas a devolução de 25% do pagamento para alguns médicos”.

As acusações sobre a Síria não baixam a temperatura:

Outro ponto de tensão diplomática: a Coreia do Norte. Ontem à noite, Donald Trump e Xi Jinping falaram ao telefone sobre o assunto, depois de o Presidente ter dito que, se fosse preciso, os EUA "resolveriam o problema" mesmo sem o apoio da China.

Foram as últimas palavras em público de Carme Chacón, num discurso feito três dias antes de morrer, e simbolizam a forma como a política espanhola via o mundo. Um exemplo: "Se quiserem ser mães, não sacrifiquem a vossa maternidade pelo trabalho. Ninguém vos vai agradecer por isso. O mesmo para os homens. Desfrutem. Podem fazer-se, sem dúvida nenhuma, ambas as coisas".


A nossa Opinião

José Manuel Fernandes escreve sobre "a angústia dos 60 anos": "Lá aconteceu: já sou 'sexagenário'. Mas não é isso que me custa. Custa-me muito mais fazer contas ao Portugal que os da minha geração não deixaram, nem estão a deixar, aos seus filhos e aos seus netos".

Luís Aguiar-Conraria escreve sobre uma eventual saída do euro: "O que determina a nossa competitividade, o que determina o nosso nível de vida não é o nome da moeda que usamos, nem a cor do papel que utilizamos para fazer compras. É a nossa produtividade".

João Marques de Almeida escreve sobre a polémica "copos e mulheres": "Gostaria de ter visto um ministro a convidar o Dijssebloem para vir a Portugal beber uns copos e esquecer o mau momento político. E os bares de Lisboa ou Porto poderiam fazer uma noite 'Dijssebloem'”.

Maria João Marques escreve sobre os finalistas expulsos: "Não podemos esperar que jovenzinhos do secundário respeitem os direitos de propriedade quando o governo do seu país se vê imbuído da missão de atacar a propriedade privada dos portugueses".


Os nossos Especiais
Bruno Vieira Amaral tem um novo livro, "Hoje Estarás Comigo no Paraíso". Num texto para o Observador, explica como um projecto de não-ficção para recordar uma tragédia pessoal com 30 anos se transformou num romance.


Notícias surpreendentes

Os The Gift lançaram um novo álbum, Altar, e o Pedro Esteves já o ouviu: "É um exemplo de escrita pop desenhada ao detalhe mas nem todos os momentos brilham da mesma forma". Tem 3 estrelas.

“O Centauro no Jardim”, de Moacyr Scliar, recebe 5 estrelas do João Pedro Vala: "O que mais impressiona no livro é o apuradíssimo sentido de humor de Scliar".

Os atacadores já não são só para os sapatos. Estão nos vestidos, nas saias, nas camisolas e nos fatos-de-banho. A Ana Dias Ferreira mostra-lhe os melhores looks

Devemos andar calçados em casa ou ter uns chinelos à porta? São questões filosóficas eternas a que um novo estudo tenta dar resposta.

Há um casal inseparável que ganha até 8.500 euros por cada foto que coloca no Instagram. Percebe-se porquê nesta fotogaleria.

Depois de suspirar ao ver as fotografias, regresse a mais esta quarta-feira. Vai ser um dia com muitas notícias cá (o Parlamento tem agenda cheia) e lá fora (o caso das explosões em Dortmund ainda está por esclarecer). Tem todas as novidades aqui.
Até já!
Mais pessoas vão gostar da 360º. Partilhe:
no Facebook no Twitter por e-mail
Leia as últimas
em observador.pt
Observador
©2017 Observador On Time, S.A.
Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa

Nenhum comentário:

Postar um comentário