Programas inteligentes para a criação de textos jornalísticos estão já a ser usados nos EUA, na China e na Alemanha. Isto em linha com o que tem acontecido nas mais variadas actividades humanas. Quais serão as consequências da aplicação destes algoritmos aos serviços jornalísticos?
Informação sobre a bolsa, desporto ou a meteorologia são ambientes de aplicação já testados com sucesso, isto num processo que demora, agora, apenas, milissegundos.
Para a criação automática de artigos tudo o que necessitamos são dados bem delineados. Em testes realizados ao mercado, os leitores de “notícias automáticas” escritas por robots têm considerado como muito positivo este novo tipo de jornalismo. Daqui resultam textos mais credíveis, isto segundo o distribuidor europeu do sistema (retresco).
As máquinas redigem notícias apenas baseadas em dados e factos concretos. Os seres humanos fazem textos mais etéreos. E isso dá um estilo de escrita em tudo diferenciado, acredito. Mas, por quanto tempo permanecerá assim?
No futuro será de esperar um maior nível de eficácia por parte das máquinas, isto conforme formos sofisticando a organização da informação em dados de suporte mais especializados, podendo deste modo virar o jogo a favor dos robots, em especial quando se tratar de informação sem haver nada a acrescentar.
No site da “Retresco” afirma-se, ainda, que os textos escritos pelos seus algoritmos se tornam em tudo indistinguíveis dos criados pelos humanos. Falta saber o que é que isso pode significar para a humanidade…
No imediato, seguramente, estamos perante o fim de um certo estilo de jornalismo de “tesoura e cola”. Quanto ao resto… parece que só as máquinas saberão responder…
Concluindo, é urgente deixar de pensar e agir como máquinas! Há que baralhar e voltar a jogo.
Paulo Vieira de Castro – Jornal Tornado
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