quarta-feira, 12 de abril de 2017

Maduro atacado com ovos. Cinco pessoas detidas

Presidente venezuelano circulava em pé numa viatura aberta
Pelo menos cinco pessoas foram detidas pelas autoridades venezuelanas por atirarem objetos contra a viatura em que circulava, de pé, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, noticiou a imprensa local.
O "ataque" teve lugar na noite de terça-feira, na localidade venezuelana de San Félix, a sudoeste da Venezuela, país onde nas últimas semanas se têm registado fortes protestos em várias cidades contra a crise económica e contra a alegada instauração de "uma ditadura".
A imprensa afirmou que Nicolás Maduro esteve naquela localidade, ao chegar de uma curta visita à capital cubana, Havana.
Em San Félix, Maduro participou nas celebrações do bicentenário da Batalha de San Félix, que teve lugar a 11 de abril de 1817, durante a guerra pela independência venezuelana.
A cerimónia foi transmitida pela televisão estatal venezuelana e ao finalizar o desfile militar, Nicolás Maduro subiu para um veículo descapotável.
As imagens da televisão dão conta do momento em que a população se concentra junto do veículo e Maduro leva uma mão à cabeça. A emissão foi interrompida de imediato.
Em vídeos divulgados nas redes sociais, Maduro é aparentemente atingido com ovos e ouvem-se palavras contra o Presidente venezuelano.
Numa reação ao incidente, vários líderes da aliança opositora Mesa de Unidade Democrática, como Henry Ramos Allup (ex-presidente do parlamento) e Henrique Capriles Radonski (ex-candidato presidencial), afirmaram que a situação reflete a queda de popularidade do chefe de Estado.
"Já não enganas o povo (...) A Venezuela inteira odeia-te", escreveu Henrique Capriles Radonski na conta na rede de mensagens instantâneas Twitter.
A 02 de setembro de 2016, um grupo de cidadãos protestou contra a escassez de produtos básicos, a tocar em tachos e insultar Maduro, quando o chefe de Estado caminhava por Villa Rosa, na ilha venezuelana de Margarita, a noroeste do país.
Dezenas de pessoas foram detidas e libertadas dias depois, com exceção do jornalista Braulio Jatar, que ainda permanece detido e que, na altura, divulgou através das redes sociais vários vídeos do protesto.
Fonte: Lusa
Foto: EPA/CRISTIAN HERNANDEZ

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