Moradores afectados pedem reunião com a empresa e ameaçam com protestos
Empresa de exploração de pedras adstrita ao projecto do Porto do Caio em Cabinda, financiada pelo Fundo Soberano de Angola, está ser acusada de ter destruído propriedades de camponeses e a única nascente do rio que serve as populações da região do Ndoco, no interior da floresta do Mayombe.
Domingos Nsitu, uma das vítimas destes actos, diz que há cerca de seis meses que a empresa em causa se recusa a indemnizar os lesados e a arranjar alternativas para a captação de água potável para a população.
Nsitu revela à VOA que a população exigiu um encontro com uma autoridade da administração municipal de Belize, para amanhã, 20, na qual espera que a empresa apresente a sua versão e apresente as razões por que se recusa a indemnizar os camponeses que ficaram sem as suas culturas.
O aldeão adverte que a população pode partir para posições extremas se as respostas da administração não forem convincentes.
A construção do Porto do Caio em Cabinda é um projecto inserido no programa de infraestrutura do Governo de Angola através de uma parceria público-privada que conta com o financiamento do Fundo Soberano Angolano dirigido por José Filomeno dos Santos, filho do Presidente Angolano José Eduardo dos Santos, e da China, na sua maioria.
O futuro Porto de Cabinda, cujo projecto foi lançado em 2015, ficará situado a nove quilómetros a norte da Província, na localidade de Caio.
Segundo o Governo, o empreendimento, avaliado em dois mil milhões de dólares, deverá, depois de concluído, incluir uma estrutura marítima e instalações do terminal, bem como unidades de armazenamento industrial e escritórios administrativos e logísticos.
A infra-estrutura deve gerar receitas para a região e “servir como factor-chave para o desenvolvimento económico e a criação de empregos”.
Voz da América
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