quarta-feira, 19 de abril de 2017

May Way// Cerco aos negócios de políticos// Alerta 2 no Montepio

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Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Trump deu a ordem para "comprar americano". O decreto com instruções para as agências federais darem prioridade à compra do "made in USA" dá o primeiro sinal de uma América proteccionista que já tinha sido prometida na campanha. As mudanças na política de vistos pode ser o passo seguinte, diz a CNN. Ontem, precisamente, o FMI usou a palavra mais temida: "proteccionismo".
Afinal, o porta-aviões americano não seguia para a Coreia. No meio da escalada de tensão entra a Coreia do Norte e os EUA, o mundo ficou em suspenso com o anúncio de que um porta-aviões norte-americano estava a dirigir-se para a Península da Coreia para responder aos repetidos testes balísticos de Pyongyang. Esta noite soube-se que estava a viajar em sentido oposto - e só agora inverteu caminho. A imprensa americana diz que a cortina de fumo tem um propósito.
O maior escândalo no desporto britânico já conta 560 vítimas. A polícia britânica identificou já 252 suspeitos de abusos sexuais de menores no desporto britânico, sobretudo no mundo do futebol. O processo foi desencadeado por declarações do ex-futebolista Andy Woodward, que admitiu ter sido molestado sexualmente em criança, quando jogava no modesto Crewe Alexandra.
Ronaldo chegou aos 100 golos na Liga dos Campeões. Os três de ontem foram decisivos para o Real, mas a conta do português já leva 69 com o pé direito, 14 com o esquerdo e 17 com a cabeça. E no fim, ele disse isto

As notícias do dia  

A nossa manchete de hoje fala de um reforço da vigilância a negócios de políticos. O Governo entregou uma proposta de lei na Assembleia da República que obriga empresas financeiras e um vasto leque de não financeiras a vigiarem, desde o início, as transacções em que participem políticos, ex-políticos, juízes de tribunais superiores, familiares mais próximos e sócios. "Há um conjunto de entidades que intervêm em operações com acções que têm riscos de branqueamento, que são tipicamente as instituições financeiras, imobiliárias e de jogo", diz ao PÚBLICO o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade. A Liliana Valente dá conta da notícia.
Por coincidência, soubemos ontem que 13 funcionários do Fisco foram acusados de corrupção: são suspeitos de apagar dívidas a troco de dinheiro.
Um novo alerta sobre o Montepio: a entidade liderada por Tomás Correia avalia participação no banco presidido por Félix Morgado em dois mil milhões de euros, nos resultados de 2016. O auditor e o Conselho Fiscal voltam a sublinhar "pressupostos subjectivos" dessa avaliação. A Cristina Ferreira e o Vítor Costa explicam os números e o que querem dizer.
Há um banco a dar crédito para clientes com mais de 65 anos e casa paga. O que acontece no final do prazo? A Rosa Soares fez as contas e tira as conclusões.
E as contas do Governo, batem certo? O Conselho de Finanças Públicas olhou para o Programa de Estabilidade e concluiu que sim e não; o FMI olhou para a economia e sugeriu optimismo moderado. Hoje, o Negócios faz contas e conclui que as negociações do OE 2018 têm buraco de 1,2 mil milhões à partida. E sabemos pelo Dinheiro Vivo que a reavaliação de casas tirou 40 milhões de receita de IMI.
Para os mercados seguiu uma palavra de Marcelo"Não haverá instabilidade política", disse o Presidente, depois de ouvir os partidos. Marcelo que ontem teve uma experiência diferente, que o PÚBLICO viu em exclusivo: "Sou o aluno que veio conhecer os mestres", disse ele.
Falando em alunos: sabia que as escolas são obrigadas a comunicar casos de alunos sem vacinas em dia? Nós descobrimos ontem, depois de fazermos umas perguntas ao Ministério. E as escolas, saberão? Mas, final, em que países é que os pais são obrigados a vacinar os filhos? A Joana Gorjão Henriques foi à procura de respostas e descobriu histórias com actualidade.
O Ministério corrigiu as condições do concurso de professores. Afinal, havia mesmo uma limitação para os professores do ensino particular. Parece que foi um "lapso".
Outra notícia: duplicaram os médicos sem vaga na especialidade. A Ordem identificou 1719 vagas para 2466 candidatos e já procura outras saídas para quem fique de fora.
Se é de Lisboa, vai querer saber isto: a Câmara só ia fazer obras no viaduto de Alcântara daqui a três anos. E em Fevereiro tinha tido uma nota positiva. Bom que não caiu.

Para nos pôr a pensar

1. Chamem-lhe May Way: o Theresa May vai a votos para limpar o caminho do Brexit. A notícia é de ontem, mas é importante dar-lhe o contexto. E é aqui que entra a Ana Fonseca Pereira a explicar tudo: "A grande vantagem dos conservadores nas sondagens tornou-se demasiado tentadora para a primeira-ministra britânica. Os europeus esperam que eleições tragam 'maior clareza às negociações' do "Brexit'"Para ler aqui. Na prática, a primeira-ministra tinha dois problemas para resolver: um chama-se Labour - e aqui a palavra-chave é "pânico"; o outro estava na fila de trás (e esse é o tema do nosso Editorial do dia). E acrescenta o Miguel Esteves Cardoso: "Aposto que o Reino Unido vai outra vez surpreender o mundo." Será, Miguel?
2. Na Venezuela hoje é dia da "mãe de todas as manifestações". A oposição convocou uma grande manifestação em Caracas contra as decisões do Tribunal Supremo de Justiça, que tem limitado a acção do Parlamento. O partido de Nicolás Maduro convocou uma contra-manifestação. E o Presidente acena agora com a "lealdade" do Exército. Hoje convém estar muito atento ao que se passa na Venezuela. O Alexandre Martins deixou-nos 7 perguntas e respostas, para nos ajudar a compreender o que se está a passar lá, onde temos tantos portugueses.
3. Programas de Estabilidade, a não cumprir desde o século passado. No dia em que se discute na Assembleia o documento com as metas do Governo até 2021, o Sérgio Aníbal foi revisitar os antecessores e lembrar as suas promessas, concluindo que o mais difícil de um Programa de Estabilidade é mesmo a sua aplicação. Vendo os mapas, os gráficos e o histórico, aqui vai a pergunta: desta vez é que é?
4. Uma base espacial na Ilha de Santa Maria? Ainda é uma proposta em discussão, mas está a ser levada muito a sério: a ilha de Santa Maria, nos Açores, é apontada num estudo da empresa aeroespacial Airbus como um local bem posicionado para construir uma base espacial de onde partirão foguetões que coloquem em órbita da Terra pequenos satélites. O Governo aposta que consegue, mas terão os Açores hipótese? E do que é que estamos a falar? A Teresa Firmino está cá para isso, para nos explicar tudo

Hoje na agenda
  • Os deputados discutem o Programa de Estabilidade aprovado pelo Governo.
  • António Costa discute a descentralização com os autarcas, numa reunião do Conselho de Concertação Territorial, em Coimbra. 
  • O Sindicato da Carreira de Chefes da PSP faz uma vigília em Lisboa, em protesto pelo "caos" no funcionamento da polícia.
  • As escolas reabrem para o terceiro período, com um protesto no Pinhal Novo, assinalando a falta de condições e funcionários.
  • A Liga dos Campeões fecha a lista dos semi-finalistas. Um dos jogos do dia é o Mónaco-Durtmund, já passado o susto da semana passada. 

Só mais um minuto  

Para lhe falar de duas mulheres.
A primeira é o maior mistério da América actual. Chama-se Melania, é mulher do Presidente, e está a deixar loucos os "fofoqueiros, comentadores, historiadores e até especialistas em linguagem corporal", todos a examinar os seus movimentos, escolhas de roupa e expressões faciais, tentando descobrir qual é o verdadeiro “estado de Melania”. É disso que fala es texto do Washington Post e do PÚBLICO: de um enigma de saltos altíssimos.
Mas há esta outra mulher de que lhe quero falar. Chama-se Victoria Graham, é uma jovem americana de 23 anos e concorreu a um daqueles concursos de talentos. Ao contrário de todos os outros, Victoria não mostrou os seus dotes musicais ou artísticos – decidiu apresentar-se com roupa de hospital, de cicatriz visível, e falar sobre a superação de obstáculos. O que lhe digo é isto: ela é digna da coroa.
Seguro de que não há obstáculos intransponíveis, é hora de superar os de hoje. Nós, aqui no PÚBLICO, estaremos sempre à mão, para lhe fazer companhia, para o ajudar a ler a realidade. Encontramo-nos por aqui
Que tenha um dia feliz e produtivo.
Até já!

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